jueves, 24 de marzo de 2011

POR QUE O MAL GERALMENTE VENCE O BEM?

“O Bem é proceder de acordo com a Lei de Deus; e o Mal é desrespeitá-la.” (Questão 629 em O Livro dos Espíritos).
“Por fraqueza dos bons é que vemos com freqüência no mundo, a influência dos maus vencerem a influência dos bons. Porque os maus são intrigantes e audaciosos, e os bons são tímidos. E que, quando os bons quiserem, predominarão.” (Questão 932 em O Livro dos Espíritos)


Em conflito com o Bem e o Mal, o Apóstolo Paulo disse: “o querer o Bem está em mim, mas não sou capaz de fazê-lo. Não faço o Bem que quero, e sim o Mal que não quero.”


Semelhante desvio é típico de um planeta de expiação e provas como a Terra, habitado por Espíritos de variados graus de evolução. Mas, todos temos meios de distinguir o Bem do Mal se acreditarmos em Deus. Pois, Ele nos deu inteligência para discernirmos um do outro. O grau de culpabilidade de um ato depende do quanto sabemos. Exemplo: Se uma criança pegar uma arma e ferir alguém não será julgado com o mesmo rigor que uma pessoa que saiu com uma arma com intenção de ferir.


Por isso, Jesus disse que a porta da perdição é larga, porque as más paixões são numerosas, e o caminho do mal é freqüentado pela maioria. E da salvação é estreita, porque o homem que quer ultrapassá-la deve fazer grandes esforços sobre si mesmo para vencer as más tendências.


Não podemos ignorar que temos uma bagagem (boa e má) adormecida de outra vida. E que ao freqüentarmos certos lugares, ao fazermos certas leituras, ao cometermos certos atos e pensamento podemos despertar vícios, falhas e erros do passado, que irão somar com os erros do presente. Porque não sabemos se fomos envolvidos com assassinato, drogas, jogos, sexo desregrado, etc. Sem contar que tais atitudes são pratos cheios para atrairmos espíritos (encarnados e desencarnados) afins que estão esperando uma oportunidade para nos intuir (incentivar) ao erro.
Por isso, muitas vezes, ouvimos os obsessores encarnados e desencarnados sugerirem o Mal.


Por exemplo:
- Você não vai beber ? Você é bobo!
- Você não vai usar drogas ? Você é babaca!
Agora, perguntemos:
- Por que temos que ceder para o que é errado ?
- Por que o errado não cede para o que é certo ?
Porque, como disseram os espíritos, o bem é tímido e o mal audacioso.


Sabemos que o meio que certas pessoas vivem é para ele o principal motivo para enveredar para o vício e o crime. Mas, exposição á tentação é uma prova escolhida por nós antes de encarnar, para testarmos nossa resistência. É uma prova difícil, mas somos capazes de dizer "não" ao Mal usando nosso livre arbítrio. Disse Raul Teixeira: "Muitos de nós usamos a desculpa que: "todo muito erra; todo mundo bebe; todo mundo fuma; etc., para errarmos também." Mas, na porta estreita da vida não passaremos senão a "sós". Mesmo que desencarnemos num acidente coletivo, cada qual se encontrará num estado vibratório diferente portanto, cada qual adentrará os umbrais da vida a "sós". Não conseguiremos justificar nossos erros dizendo que fomos arrastados por fulano ou beltrano."


Infelizmente, os meios de comunicação incentivam nossas crianças, nossos jovens e muitos adultos ao desequilíbrio. Músicas e danças vulgares; propagandas que mostram a bebida como um amuleto da felicidade e da alegria; a violência e o sexo banalizados. Só o Evangelho nos fortalecerá contra nossas próprias fraquezas.


Portanto, respeitemos o livre arbítrio dos que querem seguir o Mal, mas vamos exigir respeito quanto ao nosso livre arbítrio em querer seguir o Bem. Não nos envergonhemos de ser diferente. Todos podemos fazer o Bem, somente o egoísta não encontra ocasião de praticá-lo. O espírita é um cidadão dinâmico e não um alienado. Nós devemos cooperar nas atividades que engrandeçam o mundo. Demonstrar nas atividades públicas a conduta espírita, assumindo os deveres do mundo sem nos tornarmos mundano, ser cristão na liça movimentada das realizações sociais. Porque, como disse Divaldo P. Franco: “o mal é o bem ausente. A treva é a luz apagada. Ao invés de amaldiçoarmos na escuridão, acendamos uma luz.”


“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.” (Martin Luther King)

Copiado do blog grupoallankardec.blogspot.com

domingo, 20 de marzo de 2011

Aos nossos irmãos Japoneses

Queridos irmãos japoneses!


Conheço sua dificuldade cultural para o choro, para a exteriorização de sentimentos...E sei que,apesar de todo o esforço para sublimar,o seu coração grita e chora...E nós,ocidentais,juntamo-nos a voces,na dor desse momento e oferecemos , dentro da nossa impotência aquilo de que podemos dispor: nossa empatia,nossas orações e nosso ABRAÇO VIRTUAL. Que DEUS esteja com vocês a cada minuto acalmando os vossos corações..Estamos com voces em pensamento!!!

viernes, 18 de marzo de 2011

Exaltação ao Livro Espírita


Repositório feliz da trajetória histórica da Humanidade, o livro é o silencioso mensageiro dos tempos, apresentando os fastos das culturas do passado e as narrativas sobre homens e mulheres que desfilaram pelas páginas das diferentes épocas e jazem hoje amortalhados, porém vivos, aguardando ser consultados.


Desde as escritas rupestres às estelas de pedras, às argilas, papiros, pergaminhos, tábuas, peles de animais até o momento grandioso da descoberta do papel, a partir dos sinais toscos e informes até às letras e caracteres bem definidos, as mensagens vivas referindo-se às glórias e misérias da humanidade passaram através dos seus registros de uma para outra geração, eternizando os acontecimentos.


Foi ele que auxiliou o desenvolvimento da razão humana e contribuiu decisivamente para a conquista do conhecimento, abrindo mais amplos e grandiosos espaços para o pensamento.
Imortalizado através dos evos, alcançou este momento relevante de tecnologia insuperável, permanecendo insubstituível.


Não obstante a glória da ciência virtual, ele prossegue oferecendo contribuição própria indispensável ao processo de evolução das criaturas.


Perpetuando o pensamento oriental, rico de sabedoria e de mística, na Grécia e em Roma preservou para o futuro a genialidade de Trucídides, de Ésquilo, de Hesíodo, de Sócrates, de Platão, de Aristóteles, de Hipócrates, de Leucipo, de Epicuro, de Heródoto, de Pitágoras, de Homero, de Cícero, de Ovídio e de incontáveis mensageiros de Deus e do progresso para auxiliarem o ser humano no avanço inevitável para a aquisição da sabedoria.

Posteriormente, em diferentes períodos, fez-se a alavanca para impulsionar a cultura, tornando-se responsável pelos momentos grandiosos das decisões magnas da sociedade.

Através de Shakespeare ou de Charles Dickens, de Dante Alighieri ou de Voltaire, de Teresa de Jesus, a santa de Ávila, ou de Jean Jacques Rousseau, de Sór Juana Inés de la Cruz ou do Marquês de Beccaria penetrou no bojo das criaturas humanas e fez desmoronar as masmorras da ignorância ou construiu-as na emoção de muitos, assinalando profundamente cada época.

Graças a Goethe através de Os sofrimentos do jovem Werther, induziu ao suicídio inúmeros adolescentes frustrados afetivamente que se identificavam com o drama da infeliz personagem, sulcando vidas com amargura. O mesmo aconteceu com Tolstoi, no seu Anna Karenina, de que se arrependeria dolorosamente mais tarde...

No entanto, noutros momentos desencarcerou milhões de vidas quando se apresentou como fonte geradora de esperanças no formato de Obras espirituais em todas as culturas, culminando em O Novo Testamento, que retrata o maior momento da História.

Apesar da missão sublime de que se encontra investido, nem sempre aqueles que o escrevem dão-se conta da sua significação e objetivo.
Por isso, no livro espírita encontramos a mensagem de vida eterna desvestida de sortilégios e dogmatismos, refletindo a transparente claridade da Vida exuberante.

Foi Allan Kardec quem o brindou com eloqüente entusiasmo e imbatível coragem, lutando contra os preconceitos e as paixões servis ao apresentar em Paris, em 1857, o Espiritismo, despido de sofismas e silogismos, das complexidades de sistema e dos conflitos de escolas filosóficas através de O Livro dos Espíritos hoje patrimônio da Humanidade.

Contendo as questões mais palpitantes do pensamento histórico analisadas pelos Imortais, é síntese de sabedoria em todos os sentidos, que as conquistas da ciência contemporânea vêm confirmando a cada dia.
Escrito com clareza meridiana e acessível aos diferentes níveis culturais, tem resistido às revoluções das diversas ideologias sem sofrer qualquer prejuízo de conteúdo ou de forma, transcorridos cento e quarenta e quatro anos quase após a sua publicação.

Base de sustentação da Doutrina Espírita, desdobra-se em outros que são fundamentais para a compreensão do ser, do destino, da dor, dos objetivos essenciais, quais sejam: O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese em incomparável harmonia entre a ciência, a filosofia e a religião, unindo a razão ao sentimento, a ética à moral, o pensamento à emoção, como ninguém dantes o conseguira.

Graças a esse conjunto estrutural, desdobra-se em novos livros de orientação e consolo, de esclarecimento e debate, de informações valiosas e de revelações incomuns, dignificando a vida e todos os seres que habitam a Terra, por elucidar que o processo evolutivo é inestancável, a todos facultando a glória da plenitude.

Por essas razões, exaltamos o livro espírita, nele encontrando Jesus descrucificado e libertado dos mitos com que O ocultaram através dos tempos, retornando ao planeta, a fim de erguê-lo na escala dos mundos e impulsioná-lo no rumo do Pai.



Franco, Divaldo Pereira. Ditado pelo Espírito Vianna de Carvalho
na reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção,
na noite de 24 de janeiro de 2001, em Salvador,
 Bahia. Fonte www.divaldofranco.com..



* * * Estude Kardec * * *



viernes, 11 de marzo de 2011

NO MOMENTO DE DORMIR

38. Prefácio. - O sono é o repouso do corpo, mas o Espírito não necessita desse repouso. Enquanto os sentidos se entorpecem, a alma se liberta parcialmente da matéria, gozando das suas faculdades espirituais. O sono foi dado ao  homem para reparação de suas forças orgânicas e das suas forças morais. Enquanto o corpo recupera as energias gastas no estado de vigília, o Espírito vai se retemperar entre os outros Espíritos.
É então que ele tira, de tudo o que vê, de que percebe, e dos conselhos que lhe são dados, as idéias que lhe ocorrem depois, em forma de intuições. É o retorno temporário do exilado à sua verdadeira pátria, a liberdade momentâneamente concedida ao prisioneiro. Mas acontece, como no caso dos prisioneiros perversos, que o Espírito nem sempre aproveita esse momento de liberdade para seu adiantamento, Se conserva maus instintos, em vez de procurar a companhia dos Bons Espíritos, busca a dos seus semelhantes, e dirige-se aos lugares em que pode liberar as suas más inclinações. Aquele que se acha compenetrado desta verdade eleve o seu pensamento, no momento em que sente aproximar-se o sono; solicite o conselho dos Bons Espíritos e daqueles cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham assisti-lo, no breve intervalo que lhe é concedido. Se assim fizer, ao acordar se sentirá fortalecido contra o mal, com mais coragem para enfrentar as adversidades.

39.PRECE - Minha alma vai encontrar-se por um instante com os outros Espíritos. Que venham os bons ajudar-me com os seus conselhor. Meu Anjo Guardião, fazei que ao acordar eu possa conservar uma impressão durável e benéfica desse encontro

O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec
cap.28.

lunes, 7 de marzo de 2011

Não vá a Casa Espírita

Certo dia aproximei-me daquela casa espírita. Cheio de receio por tudo o que me diziam a respeito dos espíritas, mas a curiosidade era tanta que quando dei por conta já estava entrando e não foi possível mudar de ideia. Minha mente advertia... tenha cuidado... tenha cuidado...Afinal de contas estava ignorando o conselho de um colega que dizia "- Não vá à casa espírita! Você vai ficar horrorizado com o que fazem lá".

Mas agora já era tarde. Uma senhora, com estranha bondade, convidou-me a entrar. Atento a tudo e a todos todos sentei-me na última fileira. Pensei comigo - aqui está bom, estou mais perto da porta.

Logo comecei a prestar a atenção na palestra, pois a plateia estava atenta ao que dizia um senhor de meia idade, que falava sobre coisas que eu não podia entender, ou talvez não queria, pois tinha receio.

Aos poucos fui me sentindo à vontade. Que estranho, pensei. Há muito tempo que não me sentia tão bem, parecia que aquele fardo que eu estava carregando tinha ficado mais leva. As palavras, aos poucos, foram me envolvendo e então percebi que aquele senhor falava de perdão, de caridade, de fazer bem ao próximo, da reforma íntima para ser feliz. Falou até de Jesus.
Após a palestra, fui convidado a ir a uma outra sala. Vi uma senhora se aproximar de mim, impondo suas mãos sobre minha cabeça, parecendo estra em oração. Atento a tudo e a todos, por via das dúvidas também resolvi fazer uma prece, algo que não fazia há muito tempo.

Quando ia para casa, pensando no que tinha me acontecido, como estava me sentindo melhor, tive vontade de retornar outro dia.
Era uma tarde de sábado, novamente eu me aproximava daquela casa. Para meu espanto, crianças e jovenzinhos também estava chegando. O que será que fazem aqui estas criaturinhas? Será que elas não têm medo? - intimamente me indagava. Assim que entrei perguntei àquela senhora, minha conhecida do outro dia, o que faziam lá aquelas crianças. Bondasamente, explicou-me que estavam ali para as aulas de Evangelização Infantil e para o encontro dos grupos de jovens. Eles também estudavam a Doutrina Espírita e os ensinamentos de Jesus.

E assim, aos poucos fui conhecendo e me envolvendo com as atividades daquela casa. Hoje, quando me perguntam sobre essa escola de almas que frequento, eu brinco: "-Não vá a casa espírita...pois você vai ficar impressionado com tantas coisas boas que acontecem lá".

Essa é a história de um personagem fictício que já foi vivido por muitos que, mesmo diante do preconceitos, da ignorância e da desinformação que ainda há em relação à Doutrina Espírita, se dispuseram a conhecê-la. E a despeito de tudo, surpreendem-se com uma realidade muito diferente daquela apregoada pelos que, mesmo desconhecendo, emitem pareceres sobre algo que não se dispõem a compreender.

Lucrará Fazendo Assim

Reconforte o desesperado. Você não escapará as tentações do desânimo nos círculos de luta.
Levante o caído. Você ignora onde seus pés tropeçaram.
Estenda a mão ao que necessita de apoio. Chegará seu dia de receber cooperação.
Ampare o doente. Sua alma não esta usando um corpo invulnerável.


Esforce-se por entender o companheiro menos esclarecido. Nem sempre você dispõe de recursos para compreender como é indispensável.
Acolha o infortunado. Nem sempre o céu estara inteiramente azul para seus olhos.
Tolere o ignorante e ajude-o. Lembre-se de que há Espíritos Sublimes que nos suportam e socorrem com heróica bondade.
Console o triste. Você não pode relacionar as surpresas da própria sorte.
Auxilie o ofensor com os seus bons pensamentos. Ele nos ensina quão agressivos e desagradáveis somos ao ferir alguém.
Seja benévolo para com os dependentes. Não se esqueca de que o próprio Cristo foi compelido a obedecer.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz



domingo, 6 de marzo de 2011

Consequências do suicídio, questão 957

957. Quais, em geral, com relação ao estado do Espírito, as conseqüências do suicídio?

"Muito diversas são as conseqüências do suicídio. Não há penas determinadas e, em todos os casos, correspondem sempre às causas que o produziram. Há, porém, uma conseqüência a que o suicida não pode escapar; é o desapontamento. Mas, a sorte não é a mesma para todos; depende das circunstâncias. Alguns expiam a falta imediatamente, outros em nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam."

Comentário

A observação, realmente, mostra que os efeitos do suicídio não são idênticos. Alguns há, porém, comuns a todos os casos de morte violenta e que são a conseqüência da interrupção brusca da vida. Há, primeiro, a persistência mais prolongada e tenaz do laço que une o Espírito ao corpo, por estar quase sempre esse laço na plenitude da sua força no momento em que é partido, ao passo que, no caso de morte natural, ele se enfraquece gradualmente e muitas vezes se desfaz antes que a vida se haja extinguido completamente. As conseqüências deste estado de coisas são o prolongamento da perturbação espiritual, seguindo-se à ilusão em que, durante mais ou menos tempo, o Espírito se conserva de que ainda pertence ao número dos vivos. (155 e 165)


A afinidade que permanece entre o Espírito e o corpo produz nalguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo no Espírito, que, assim, a seu mau grado, sente os efeitos da decomposição, donde lhe resulta uma sensação cheia de angústias e de horror, estado esse que também pode durar pelo tempo que devia durar a vida que sofreu interrupção. Não é geral este efeito; mas, em caso algum, o suicida fica isento das conseqüências da sua falta de coragem e, cedo ou tarde, expia, de um modo ou de outro, a culpa em que incorreu. Assim é que certos Espíritos, que foram muito desgraçados na Terra, disseram ter-se suicidado na existência precedente e submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem suportá-las com mais resignação. Em alguns, verifica-se uma espécie de ligação à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem para mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva interdito. A maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções encontram.






A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de por termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta, somente por constituir infração de uma lei moral, consideração de pouco peso para certos indivíduos, mas também um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica, antes o contrário é o que se dá, como no-lo ensinam, não a teoria, porém os fatos que ele nos põe sob as vistas.



Allan Kardec. Da obra: O Livro dos Espíritos.

sábado, 5 de marzo de 2011

Exultante

"Uma vez estabelecidas relações com os habitantes do mundo espiritual, possível se tornou ao homem seguir a alma em sua marcha ascendente, em suas migrações, em suas transformações." A GÊNESE - Capítulo 5º - Item 16.


Consoante as lições do Espiritismo, que te aclaram as razões antes ignoradas da aflição e da angústia, respeita, na provação, o clima de luz necessário à própria felicidade.
Há quem diga que a convicção imortalista nada tem a ver com abnegação ou dignidade moral. É aquele que faz da Revelação espiritista um ingrediente para uso em horas determinadas, sem outras consequências.
Há quem explique que a religião, assentada necessariamente numa fé racional, não tem algo a ver com a conduta em sociedade. É aquele que vive aparentemente filiado à fé religiosa usufruindo os benefícios consequentes da corrupção dos fracos, sem se renovar ulteriormente.

Há quem pretenda seja a religiosidade um primitivismo emocional, herança dos velhos feitiços que somente aos incultos e débeis constitui motivação espiritual. Ë aquele que apregoa crer em Deus por conclusões resultantes da pesquisa científica e aceita a vida extra-física, prosseguindo amoral, quando não mais seguramente reprochável na conduta particular ou na vida social.
Há quem diga que o princípio espiritual é capítulo da Metafísica e que nenhuma prova existe da imortalidade. É aquele que se supõe conhecedor de tudo.
Uns pretendem iludir-se e conseguem-no facilmente - são opiômanos ante a informação espiritual.
Outros disputam fantasias e enfeitam-se de tranquilidade - são narcisistas religiosos.
Os demais exibem superação da ignorância, tentando livrar-se das atividades que o crer impõe, e desgarram-se - são ególatras arreligiosos.

Conheces, porém, por experiência íntima intransferível - por mais vigorosas sejam as tessituras aparentes da argumentação em contrário - o rumo da sublimação através das linhas evangélicas a transudarem dos tempos, convocando-te o espírito, na Doutrina Espírita, para a luta enobrecedora sobre ti mesmo.
A mediunidade abriu portas antes fechadas para o teu espírito, apontando-te horizontes felizes.
Em cada experiência novos fantasmas do passado culposo recorporificam-se famanazes e truculentos.
Enflorescem em teu íntimo as plantas da ilusão que não conseguiste destruir.
Refazem-se painéis de angústia e falsas necessidades nos dédalos da mente sem que logres vitória fácil.
Reacendem paixões que ferem como acúleos cruéis que te maceram, sem libertação integral, malgrado a luta que travas.

Só a fé que te vitaliza, graças ao Espiritismo, oferece força e alento para uma religiosidade atuante, salvadora.
Com ela amparas a dor, compreendes a vida, acendes esperanças, consolas aflições, espalhas amor.
Amparado por ela, na balbúrdia faze-te silencioso, na loucura revelas-te sereno, na angústia permaneces tranquilo, na revolta apresentas-te pacífico.
Não te amedrontes nem te sintas diminuído no campo em que operas.
O míssil balístico que carrega morte num invólucro brilhante, veste-se com linhas aerodinâmicas.
A vacina salvadora surge da cultura microbiana perigosa.
A usina potente sustenta-se em bases rochosas ocultas.
A vida orgânica é patrimônio do protoplasma.
Produze com segurança e faze-o com alegria.
Dá a tua contribuição à felicidade geral com a flama da tua devoção e da tua fé.
Obtempera que, incompreendido, Jesus se deixou arrastar, flagiciado, até o madeiro de imolação para ensinar-nos, valoroso, que os hipnotizados na ilusão, os ludibriados no equilíbrio e os enlouquecidos em si mesmos, embora vencedores aparentes são vencidos que se reconhecem sob o estigma da aflição que os infelicita...

 Porfia, pois, exultante, e não recalcitres nem titubeies.



Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Espírito e Vida.
 Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 54.

viernes, 4 de marzo de 2011

Ante a Cólera

“Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes.” ?Pedro(l Pedro, 3:8).

Justo figuremos a cólera, titulando-a com algumas definições, como sejam:
Força descontrolada.
Precipitação em doença.
Acesso de loucura.
Queda em desequilíbrio.
Tomada para a obsessão.
Impulso à desencarnação prematura.
Perigo de criminalidade.
Introdução à culpa.
Descida ao remorso.
Explosão de orgulho.
Tempestade magnética.
Fogo mental.
Pancadaria vibratória.
Desagregação de energias.
Perda de tempo.

Indubitavelmente, todos nós - as criaturas encarnadas e desencarnadas, em evolução na Terra ? estamos ainda sujeitos a essa calamidade do mundo íntimo, razão pela qual toda vez em que nos sintamos ameaçados por irritação ou azedume, é prudente nos recolhamos a recanto pacífico, a fim de refletir nas necessidades do próximo e lavar os pensamentos nas fontes da oração.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Atenção.
Ditado pelo Espírito Emmanuel. 16 edição. Araras, SP: IDE. 1997.

jueves, 3 de marzo de 2011

Conquistando a PAZ

Existem tribulações e tribulações.
Para extinguir aquelas que conturbam a vida, comecemos a cooperar na construção da paz onde estivermos.
Necessitamos, porém, conhecer as farpas que entretecem as inquietações que nos predispõem ao desequilíbrio e ao sofrimento.

Vejamos algumas:

a queixa contra alguém;
a reclamação agressiva;
o palavrão desatado pela cólera
a resposta infeliz;
a frase de sarcasmo;
o conceito depreciativo;
o apontamento malicioso;
o gesto de azedume;
a crítica destrutiva;
o grito de desespero;
o pensamento de ódio;
a lamentação do ressentimento;
a atitude violenta;
o riso escarninho;
a fala da irritação;
o cochicho do boato;
o minuto de impaciência;
o parecer injusto;
a pancada verbal da condenação.

   Cada espinho invisível a que nos reportamos é comparável à chispa capaz de atear o incêndio da discórdia.
E ganhar a discórdia não aproveita a pessoa alguma.

   Tanto quanto possível, aceitemos as tribulações que a vida nos reserve e saibamos usar o amor e a tolerância, a paciência e o espírito de serviço para que estejamos realmente conquistando os valores e bênçãos da paz.
   Não esperes que o próximo te solicite cooperação. Colabora voluntariamente, na certeza de que estarás realizando valiosas sementeiras de trabalho e de amor, na construção do futuro melhor.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Paciência.
Ditado pelo Espírito Emmanuel. CEU. 1983.



miércoles, 2 de marzo de 2011

Cólera

O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? - Entregai-vos à cólera.



Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar.


Em seu frenesi, o homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque lhe não obedecem. Ah! se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Quando não fosse pelo respeito que deve a si mesmo, cumpria-lhe esforçar-se por vencer um pendor que o torna objeto de piedade.


Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima. Mas, outra consideração, sobretudo, devera contê-lo, a de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal se, num acesso de fúria, praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida!


Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. Isto deve bastar para induzir o homem a esforçar-se pela dominar. O espírita, ao demais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs. - Um Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)



Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
112 edição. Capítulo IX. Item 9. Federação Espírita Brasileira. 1996.