viernes, 30 de abril de 2010

Sou responsável pela guerra...

Sou responsável pela guerra...


Quando orgulhosamente faço uso da minha inteligência para prejudicar o meu semelhante. Quando menosprezo as opiniões alheias que diferem das minhas próprias.

Quando desrespeito os direitos alheios.
Quando cobiço aquilo que uma outra pessoa conseguiu honestamente.
Quando abuso da minha superioridade de posição privando outros de sua oportunidade para progredir.
Se considero apenas a mim próprio e a meus parentes pessoas privilegiadas.
Quando me concedo direitos para monopolizar recursos naturais.
Se acredito que outras pessoas devem pensar e viver da mesma maneira que eu.
Quando penso que sucesso na vida depende exclusivamente do poder da fama e da riqueza.
Quando penso que a mente das pessoas deve ser dominada pela força e não educada pela razão.
Se acredito que o deus de minha concepção é aquele em que os outros devem acreditar.
Quando penso que o país em que nasce o indivíduo deve ser necessariamente o lugar onde ele tem de viver.
Se estou em paz, eu promovo a paz dos que me cercam. Por sua vez, eles promovem a paz daqueles que estão à sua volta e que também farão o mesmo. Então, a paz começa por mim! E sem ela não pode haver a necessária transformação social.



Ralph Maxwell Lewis, FRC

jueves, 29 de abril de 2010

Consciência Cósmica

O médico canadense Richard M Bucke, num trabalho de mais de setecentas páginas que interessa em muito a todos aqueles que trabalham ou de alguma forma se dedicam a temas como "educação", "evolução humana", "humanismo" e congêneres, trabalho a que intitulou Consciência Cósmica, editado no Brasil pela AMORC, defende a interessante tese de que estamos em processo evolutivo milenar, senão vejamos.
Entre os minerais não percebemos crescimento notório, reprodução, mobilidade, sensibilidade, etc. Não são reconhecidamente dotados do que poderíamos - à falta de expressão mais adequada - chamar de "vida" como a compreendemos.

O reino vegetal, um pouco mais complexo, comporta reprodução, crescimento, alguma mobilidade, como as raízes que penetram subsolo abaixo seguindo as correntes hídricas ou os galhos que, pontuados por folhas buscam a luz solar. Com tudo isso, não se tem aceitação "científica" de qualquer forma de consciência no reino vegetal.

Quando chegamos aos animais, o que os caracteriza mais ostensivamente é a percepção de que são efetivamente dotados de uma forma, ainda que rudimentar, de consciência. Uma consciência coletiva, integrada à natureza em sua plenitude. Têm memória, reflexos, mobilidade, reprodução (na maior parte dos casos sexuada)... Não são dotados de uma autoconsciência, ou seja, de serem separados da natureza individualmente.

Ao chegarmos aos seres humanos, percebemos que, além das características simples existentes no reino animal, encontramos o surgimento da autoconsciência, plenamente desenvolvida hoje entre homens desde aproximadamente os três anos de idade; esta característica nova, a autoconsciência, começou a surgir entre os primeiros hominídeos em raros e esporádicos casos, nos quais alguns seres humanos, por algum motivo, davam este "salto evolutivo" naquela direção, via-de-regra, entre 35 e 42 anos de idade, passando, a partir daí, a fazer parte do patrimônio genético-biológico da humana espécie e hoje, somente em raros casos de esquizofrenia, oligofrenia, idiotismo ou outra patologia nesta direção deixa-se de encontrar a consciência de ser alguém à parte da Natureza entre os seres humanos.

Agora o avanço mais difícil: segundo dr. Bucke, há cerca de cinco milênios começaram a surgir casos raros e esporádicos, sempre também via-de-regra entre os 35 e os 42 anos de idade, de seres humanos que transcenderam a sua condição, atingindo aquilo que o Autor chama de Consciência Cósmica. Dentre os casos perfeitos e completos de Consciência Cósmica arrolados pelo Autor, cito aqui Akhenaton, Lao-Tse, Moisés, Pitágoras, Buda, Jesus Cristo, São Paulo, Maomé e Walt Whitman.

Esta nova consciência, esse novo "salto evolutivo" traz consigo algumas características que passam a distinguir seu detentor, quais sejam:

Iluminação Súbita - Após um período mais ou menos longo de meditações numa vida dedicada a ideais religiosos, unificadores, o homem cosmicamente iluminado entraria num período mais ou menos prolongado de Paz Profunda.

Grande Elevação Moral - A consciência cosmicamente iluminada raramente comete erros conscientes ou demonstra ter quaisquer defeitos na dimensão moral especificamente falando.

Grande Elevação Intelectual - O homem cosmicamente iluminado está tão distante do homem dotado de mera autoconsciência quanto o indivíduo auto-consciente está distante daquele que manifesta ainda uma consciência indivisa, ou seja, aquele que atingiu a Consciência Cósmica está para o homo sapiens como este para os outros animais.

Perda do Temor da Morte - Pela simples conscientização de que a morte é pura ilusão dos sentidos. Não existe um "fim" para a vida; esta segue sempre em frente!

Imantação da Personalidade - Um grande encanto é acrescentado à personalidade do Iluminado, fazendo com que se transforme num verdadeiro ímã atrator irresistível de outros seres também sequiosos por chegar àquele novo degrau evolutivo.

Como nos outros casos, claro, dentro de mais alguns milênios este novo "salto evolutivo" estará geneticamente incorporado aos seres humanos que passarão a ser - todos - dotados de Consciência Cósmica já na infância. Uma visão ou perspectiva no mínimo otimista e esperançosa e todos precisamos de uma boa dose de otimismo e de esperança nos dias que correm.

Bhagavad Gita – A Sublime Canção

Neste capitulo Krishna a mostra a Arjuna que a auto-realização consiste em “trabalhar intensamente, e renunciar a cada momento aos frutos do seu trabalho". Não e pelo falso-agir (por amor ao ego) que o homem se liberta e redime, nem pelo não-agir - mas unicamente por meio do reto-agir, de uma intensa dinâmica e jubilosa atividade, realizada por amor ao seu Eu divino.
Esse Atman, embora seja essencialmente Brahman, necessita contudo de evolução, porque o Atman no homem é um "Deus potencial", um Deus evolvivel, realizável, e não plenamente realizado. Atman é o Deus imanente, e não simplesmente a Divindade transcendente, que não e susceptível de aperfeiçoamento. 0 homem deve despertar em si o seu Deus dormente. É esta a tarefa suprema do homem, aqui na terra e em todos os estágios da sua evolução extraterrestre.

Fala Arjuna:

1 - Enalteceste, Senhor, a abstenção dos atos, e recomendaste, não obstante, a atividade. Dize-me agora, em definitivo, qual é o caminho melhor para atingir a meta mais alta.

Fala Krishna:

2 - Bom é agir e bom é abster-se da atividade; tanto isto como aquilo conduz à meta supre­ma. Mas, para o principiante, melhor é agir corretamente.

3 - O verdadeiro renunciante é somente aquele que nada deseja e nada recusa, inatingido pelos opostos, tanto no seu agir como no seu desistir, não afetado nem por esperança nem por medo.

4 - Os ignorantes tecem teorias sobre o agir e o saber, como se se tratasse de duas coisas diferentes; mas os sábios estão convencidos de que quem faz isto não deixa de colher os frutos daquilo.

5 - O reino da quietude que os sábios conquistam pela meditação é também conquistado pelos que praticam ações; sábio é aquele que compreende que essas duas coisas - a intuição mística e a ação prática - são uma só em sua essência.

6 - Difícil tarefa é, herói, alcançar estado de renúncia sem ação e sem que o espírito da fé penetre o coração. 0 sábio que, pela força da verdade, renuncia a si mesmo integra-se em Brahman.

7 - Esse é puro de coração, forte no bem e senhor de todos os seus sentidos; a sua vida está a serviço da vida de todos, e ele realiza todas as ações sem ser escravizado por nenhuma delas.

8 - Porquanto reconhece que não e ele que age, quando vê, ouve e sente.

9 - Pois, quando vê ou ouve, cheira ou come, dorme ou respira, quando abre ou fecha os olhos, quando dá ou recebe ou exerce outro ato sensório qualquer - não são senão os seus sentidos que operam com esses objetos externos.

10 - Quem tudo faz sem apego ao resultado dos seus atos faz tudo no espírito de Deus, e, como a flor de lótus, incontaminada pelo lago em que vive, permanece isento do mal.

11 - Com todas as forças do espírito, da mente, do coração e do corpo luta o yogui pela purificação de sua alma, sem nada buscar para si mesmo em tudo que faz.

12 - Quem a tudo renuncia, jubiloso, alcança, a agora, a mais alta paz do espirito; mas quem espera vantagem das suas obras e escravi­zado por seus desejos.

13 - O sábio que, em corpo terrestre, se libertou do egoismo, habita, mesmo quando age, no céu da sua paz, na "cidade dos nove por­tais" ; não tem desejos, nem induz outros a terem desejos.

14 - O Senhor do Universo não crea ação nem o impulso de agir nem o desejo dos frutos da atividade - tudo isto nasce da natureza fini­ta do individuo.

15 O Senhor do Universo não toma sobre si as culpas dos homens, porque está acima de todas as ações, perfeito em si mesmo. Erram os homens por sua própria ignorância, por­que a luz da verdade está envolta nas trevas da ilusão.

16 - Mas, quando as trevas cedem à luz, amanhe­ce o dia, e, assim como o sol em pleno esplen­dor, revela-se o Ser Supremo.

17 - Quem se integra no Ser Supremo e nele re­pousa está livre da incerteza e trilha caminho luminoso, do qual não há retorno, porque a luz da verdade o libertou do mal.

18 - Quem vive na luz da verdade vê Deus em to­dos os seres - no brâmane e no cão, no elefante e na vaca, e até no desprezado pária.

19 - Os que estão firmes na luz da verdade venceram o mundo, já aqui na terra, pela fé na harmonia universal; porquanto Brahman transcende todas ás condições da dualidade, habitando na suprema unidade - quem o conhece repousa em Brahman.

20 - Quem vive firmemente consolidado na cons­ciência de Brahman não sucumbe à alegria, na prosperidade, nem à frustração, na adversidade - mas remonta à claridade sem nu­vens e se integra na Divindade.

21 - Quem preserva a sua alma livre de todas as coisas que vêm de fora realiza o seu verdadeiro Eu, atinge a paz verdadeira, a beatitude do seu verdadeiro ser.

22 - As alegrias que brotam do mundo dos senti­dos encerram germes de futuras tristezas; vêm e vão; por isto, o príncipe, não é nelas que o sábio busca a sua felicidade.

23 - Feliz é aquele que, durante a vida terrestre, consegue libertar-se dos impulsos que geram paixão e ódio, estabelecendo-se firmemente no espírito da união com Deus.

24 - É ele, na verdade, um santo, que encontra o céu dentro de si mesmo; a sua vida e uma com Brahman e abre-se-lhe a porta do nirvana.

25 - É assim que os rishis, livres de incertezas e senhores de si mesmos, já aqui na ter­ra, entram no nirvana da Divindade, vivendo a vida de todos os seres.

26 - Todos os que, libertos de ódio e paixões, fortes na humildade e iluminados pela fé, superaram o seu ego humano e realizaram em si o Eu divino, todos eles se aproximam da verdadeira paz em Deus.

27 - O yogui que habita na luz, que se abstém do contato com o mundo dos sentidos, cujo olho espiritual se abriu e cuja respiração espiritual se sintonizou com a respiração corporal.

28 - Ele que, repleto da virtude de Deus, governa o coração e a mente, e, sem egoísmo, anseia pela redenção - esse se libertou de si mesmo e vive na paz eterna, aqui e por toda a parte.

29 - Ele sabe que eu sou a Essência em todas as Existências; eu, o Imanifesto em todos os Manifestos; eu, a suprema e imutável Realidade em todos os mundos em incessante mutação; eu, refúgio e proteção de todas as criaturas. Quem isto sabe encontrou a paz.

miércoles, 28 de abril de 2010

Soneto de Amor

Amor queria traduzir lo que siento por ti
un poco dificil sera intentar
pero solo de pensar me pongo con el corazon el la boca
tenerte cerca de mi la mas feliz seré

poder tumbarme en tus braços y eschucar tu voz
sentir tu respiracion y tu calor,
 tocar tu piel y besar tu boca
dormir y despertar contigo
que feliz seria tenerte conmigo

cada minuto pienso en ti
todo que hago me acuerdo de ti
ah, si te tuviera aki cerca de mi
cariños te haria y abrazos te daria
y todo lo que siento te traduciria
demostrandote a cada minuto de mi vida
que lo mejor del mundo es tenerte aqui conmigo!!!

martes, 27 de abril de 2010

TRANSFORMAR O MEDO EM AMOR

Muitas pessoas têm um medo da vida que é sentido como medo de outras pessoas, medo de assumir riscos, medo da raiva, etc. Isso é apenas um hábito que adquiriram e que pode começar a ser mudado por meio dessa pequena técnica de meditação que muda o seu equilíbrio - do medo para o amor.
Você pode se sentar numa cadeira ou pode se sentar em qualquer postura que se sentir confortável. Coloque as suas mãos no seu colo de forma que a mão direita fique embaixo da esquerda com os dedões se tocando e as palmas para cima. A mão direita está conectada com o cérebro esquerdo e o medo sempre vem do cérebro esquerdo. A mão esquerda está conectada com o cérebro direito e a coragem vem do lado direito.
O cérebro esquerdo é o local da razão e a razão é covarde. Por isso é que você não encontrará um homem bravo e intelectual ao mesmo tempo. E sempre que encontrar um homem bravo não encontrará um intelectual. Ele será irracional, está fadado a ser assim. O cérebro direito é intuitivo... então, isso é simplesmente simbólico, e não apenas simbólico: isso coloca a energia numa certa postura, num certo relacionamento.
Então, a mão direita fica embaixo da mão esquerda e ambos os dedões se tocam. Então você relaxa, fecha os olhos e deixa a sua mandíbula inferior ficar relaxada por um pouco - não que você force isso... simplesmente relaxada de forma que você comece a respirar pela boca. Não respire pelo nariz, simplesmente comece a respirar pela boca; é muito relaxante. E quando você não respira pelo nariz, o antigo padrão da mente não funciona mais. Isso será uma coisa nova e, num novo sistema de respiração, um novo hábito pode ser formado mais facilmente.
Em segundo lugar, quando você não respira pelo nariz, a respiração não estimula o seu cérebro. Ela simplesmente não vai até o cérebro: vai diretamente para o peito. Do contrário, continua uma constante massagem e estimulação. Essa é a razão pela qual a respiração muda nas nossas narinas repetidamente. A respiração através de uma narina massageia um lado do cérebro, e através da outra, o outro lado do cérebro. Depois de cada quarenta minutos, elas mudam.
Então simplesmente sente-se nesta postura, respirando pela boca. O nariz é dual, a boca é não-dual. Não existe mudança quando você respira pela boca: se você se senta por uma hora, estará respirando da mesma maneira. Não haverá mudança; você permanecerá num estado. Respirando pelo nariz, você não pode permanecer num estado. O estado muda automaticamente; sem você saber, ele muda.
Então isso irá criar um novo estado de relaxamento muito, muito silencioso, não-dual, e as suas energias começarão a fluir de uma nova maneira. Simplesmente sente-se silenciosamente sem fazer nada por pelo menos quarenta minutos. Se puder ficar uma hora, será de grande ajuda. Então, de quarenta minutos a uma hora: comece com quarenta minutos e, pouco a pouco, chegue a uma hora. Faça isso todos os dias por uma hora, pelo menos por três semanas.
Enquanto isso, não perca qualquer oportunidade; seja qual for a oportunidade, entre nela. Sempre escolha a vida e sempre escolha o fazer; nunca se retire, nunca fuja. Aproveite qualquer oportunidade que aparecer no seu caminho para fazer alguma coisa, para ser criativo.


Osho, em "The Further Shore"

Fonte: PalavrasdeOsho.com

lunes, 26 de abril de 2010

Soneto de Fidelidade "Vinicius de moraes"

De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Diálogo Inter-Religioso

O cultivo do amor e da compaixão é a verdadeira essência de todas as crenças. O importante é que em sua vida diária você pratique as coisas essenciais e, nesse nível, quase não existe diferença entre budismo, cristianismo, judaísmo, islamismo ou qualquer outra fé. Todas elas focalizam o desenvolvimento, o aperfeiçoamento dos seres humanos, o sentimento de fraternidade e de solidariedade. Nesse sentido, as diferenças entre as religiões não são de maneira alguma essenciais

Bondade e Compaixao

ESTA NOITE, gostaria de falar a vocês sobre a importância da bondade e da compaixão. Ao discutir esses temas, não me vejo como budista, Dalai Lama ou tibetano, mas sim como um ser humano e espero que vocês, no auditório, pensem em si mesmos dessa maneira. Não como americanos, ocidentais ou membros de um determinado grupo, pois essas condições são secundárias. Se interagirmos como seres humanos, podemos chegar a esse nível. Caso eu diga "sou monge" ou "sou budista", as afirmações serão, em comparação com a minha natureza de ser humano, temporárias. Ser humano é básico. Uma vez nascido assim, não se poderá mudar até a morte. Outras condições, ser ou não instruído, rico ou pobre, são secundárias.

Hoje, enfrentamos muitos problemas. Alguns são criados essencialmente por nós mesmos, com base em diferenças de ideologia, religião, raça, situação econômica ou outros fatores. Chegou, portanto, o momento de pensarmos em níveis mais profundos. Em nível humano, condição essa que deveremos apreciar e respeitar em todos os que nos cercam. Devemos construir relacionamentos baseados na confiança mútua, na compreensão, no respeito e na solidariedade, independentemente de diferenças culturais, filosóficas ou religiosas.

Todos os seres humanos são iguais. Feitos de carne, ossos e sangue. Todos queremos a felicidade e evitar o sofrimento e temos direito a isso. Em outras palavras, é importante compreender a nossa igualdade. Pertencemos todos a uma família humana. O fato de brigarmos uns com os outros deve-se a razões secundárias, e todas essas discussões são inúteis. Infelizmente, durante muitos séculos, os seres humanos usaram todos os métodos para ferir uns aos outros. Muitas coisas terríveis aconteceram, resultando em mais problemas, mais sofrimento e desconfiança. E, consequentemente, em mais divisões.

O mundo hoje está cada vez menor em vários aspectos, particularmente o econômico. Os países estão mais próximos e interdependentes e, nesse quadro, torna-se necessário, pensar mais em nível humano do que em termos do que nos divide. Assim, falo a vocês apenas como um ser humano e espero, sinceramente, que vocês estejam escutando com o pensamento: "Sou um ser humano e estou ouvindo outro ser humano falar".

Todos queremos a felicidade; nas cidades, no campo, mesmo em lugares remotos, as pessoas trabalham com o objetivo de alcançá-la, entretanto, devemos ter em mente que viver a vida superficialmente não solucionará os problemas maiores.

Há muitas crises e medos à nossa volta. Por meio do grande desenvolvimento da ciência e da tecnologia, atingimos um estado avançado de progresso material, que é necessário. Não podemos, no entanto, comparar o progresso externo com nosso progresso interior. As pessoas queixam-se do declínio da moralidade e do aumento da criminalidade, mas esses problemas não serão resolvidos, se não procurarmos desenvolver nosso interior.

No passado remoto, se houvesse uma guerra, os efeitos seriam geograficamente limitados, porém hoje, em função do progresso, o potencial de destruição ultrapassou o concebível. No ano passado estive em Hiroshima, no Japão. Mesmo tendo informações a respeito da explosão nuclear lá ocorrida, era muito diferente estar no local, ver com meus próprios olhos e encontrar pessoas que realmente sofreram com aqueles acontecimentos. Fiquei profundamente emocionado. Uma arma terrível tinha sido usada. Embora possamos considerar alguém como inimigo, temos de levar em conta que essa pessoa é um ser humano e que tem direito a ser feliz. Olhando para Hiroshima e refletindo a respeito, fiquei ainda mais convencido de que a raiva e o ódio não são meios para solucionar problemas.

A raiva não pode ser superada pela raiva. Quando uma pessoa tiver um comportamento agressivo com você e a sua reação for semelhante, o resultado será desastroso. Ao contrário, se você puder se controlar e tomar atitudes opostas "compaixão, tolerância e paciência", não só se manterá em paz, como a raiva do outro diminuirá gradativamente. Do mesmo modo, problemas mundiais não podem ser solucionados pela raiva ou pelo ódio. Sentimentos como esses devem ser enfrentados com amor, compaixão e pura bondade.

Pensem em todas as terríveis armas que existem, mas que, por si mesmas, não podem iniciar uma guerra. Por trás do gatilho há um dedo, movido pelo pensamento, não por sua própria força. A responsabilidade permanece em nossa mente, de onde se comandam as ações. Portanto, controlar em primeiro lugar a mente é muito importante. Não estou falando de meditação profunda, mas apenas de cultivar menos raiva e mais respeito aos direitos do outro. Ter uma compreensão mais clara da nossa igualdade como seres humanos.

Ninguém quer a raiva, ninguém quer a intranqüilidade, mas por causa da ignorância somos acometidos por
sentimentos como esses. A raiva nos faz perder uma das melhores qualidades humanas, o poder de discernimento. Temos um cérebro bem desenvolvido, coisa que outros mamíferos não têm. Esse órgão nos permite julgar o que é certo e o que é errado. Não apenas em termos atuais, mas em projeções para daqui dez, vinte ou mesmo cem anos. Sem nenhum tipo de pré-cognição, podemos utilizar nosso bom senso para determinar o certo e o errado. Imaginar as causas e seus possíveis efeitos. Contudo, se nossa mente estiver ocupada pela raiva, perderemos o poder de discernimento e nos tornaremos mentalmente incompletos. Devemos salvaguardar essa capacidade e, para tanto, temos de criar uma companhia de seguros interna: autodisciplina, autoconsciência e uma clara compreensão das desvantagens da raiva e dos efeitos positivos da bondade. Se refletirmos a respeito dessas questões com freqüência, podemos incorporar a idéia e, então, controlar a mente.

Por exemplo: pode ser que você seja uma pessoa que se irrita facilmente com pequenas coisas. Com desenvolvida compreensão e conscientização, isso pode ser controlado. Se você fica geralmente zangado por dez minutos, tente reduzi-los para oito. Na semana seguinte, reduza para cinco e, no próximo mês, para dois. Depois, passe para zero. É assim que desenvolvemos e treinamos nossa mente. É o que penso e também o que pratico.

É perfeitamente claro que todos necessitam de paz interior, que só pode ser alcançada por meio da bondade, do amor e da compaixão. O resultado é uma família em paz, felicidade entre pais e filhos, menos brigas entre casais. Em uma nação, essa atitude pode criar unidade, harmonia e cooperação com saudável motivação. Em nível internacional, precisamos de confiança e respeito mútuos, discussões francas e amistosas, com motivações sinceras e um esforço conjunto no sentido de resolver problemas. Tudo isso é possível.

Precisamos, porém, mudar interiormente. Nossos líderes têm feito o melhor que podem para resolver nossos problemas, mas, quando um é resolvido, surge outro. Tenta-se solucionar este, surge mais um em outro lugar. Chegou o momento então de tentar uma abordagem diferente.

É certamente difícil realizar um movimento mundial pela paz de espírito, mas é a única alternativa. Caso houvesse outro método mais fácil e prático, seria melhor, porém não há. Se com armas pudéssemos chegar à paz duradoura, muito bem. Transformaríamos todas as fábricas em produtoras de armamentos. Gastaríamos todos os dólares necessários, se conseguíssemos a definitiva paz, mas tal é impossível.

As armas não permanecem empilhadas. Uma vez desenvolvidas, alguém irá usá-las. O resultado é a morte de criaturas inocentes. Portanto, a única maneira de atingirmos uma paz mundial duradoura é por meio da transformação interior. E, mesmo que essa transformação não ocorra durante esta vida, a tentativa terá sido válida. Outros seres humanos virão; a próxima geração e as seguintes. E o progresso pode continuar. Sinto que, apesar das dificuldades práticas, e, mesmo correndo o risco de que tal visão seja considerada pouco realista, vale a pena o esforço. Assim, aonde quer que eu vá, expresso essas idéias e sinto-me muito motivado porque mais pessoas têm sido receptivas a elas.

Cada um de nós é responsável por toda a humanidade. Chegou a hora de pensarmos nas outras pessoas como verdadeiros irmãos e irmãs e nos preocuparmos com seu bem-estar. Mesmo que você não possa se sacrificar inteiramente, não deverá esquecer-se das dificuldades dos outros. Temos de pensar mais sobre o futuro em benefício de toda a humanidade. Se você tentar dominar seus sentimentos egoístas e desenvolver mais bondade e compaixão, em última análise, você é quem irá sair beneficiado. É o que chamo de egoísmo sábio. Pessoas egoístas tolas só pensam em si mesmas, e o resultado é negativo. Egoístas sábios pensam nos outros, ajudam da melhor forma e também colhem os benefícios. Essa é minha simples religião. Não há necessidade de templos ou de filosofias complicadas. Nosso próprio cérebro, nosso coração são nossos templos. A filosofia é a bondade.

domingo, 25 de abril de 2010

O Rebelde"Osho"

O REBELDE NÃO TEM caminho algum para seguir; aqueles que seguem algum caminho não são rebeldes. O próprio espírito de rebeldia não necessita de qualquer orientação. Ele é uma luz em si mesmo.
As pessoas que não podem se rebelar pedem por orientação, querem ser seguidoras. A psicologia delas é a de que ser um seguidor as alivia de todas as responsabilidades; o guia, o mestre, o líder, os messias se tornam responsáveis por tudo. Tudo o que se requer do seguidor é apenas que tenha fé. E apenas ter fé é um outro nome para a escravidão espiritual.
O rebelde está em um estado de tremendo amor pela liberdade - liberdade total, nada menos do que isso. Daí ele não ter salvador, mensageiro de Deus, messias ou guia algum; ele simplesmente vive de acordo com sua própria natureza. Ele não segue ninguém, não imita ninguém. Certamente ele escolheu o modo de vida mais perigoso, cheio de responsabilidades, mas de uma alegria e liberdade tremendas.
Ele muitas vezes falha, comete erros, mas nunca se arrepende de nada, porque aprendeu um profundo segredo da vida: ao cometer erros você se torna sábio.
Não existe outra maneira de se tornar sábio.
Ao extraviar-se, você conhece mais claramente o que está certo e o que está errado, porque tudo aquilo que lhe dá miséria, sofrimento, que torna sua vida uma escuridão sem fim, sem amanhecer.. isso significa que você se extraviou. Perceba-o - e volte novamente para o estado de ser onde você está em paz, silencioso, sereno, uma fonte de felicidade, e estará novamente no caminho certo. Não existe outro critério além desse.
Estar em estado de graça é estar certo.
Estar infeliz é estar errado.

A peregrinação do rebelde está repleta de surpresas. Ele não tem mapa, nem guia, assim, a cada momento ele está entrando em um novo espaço, em uma nova experiência - em direção à sua própria experiência, à sua própria verdade, ao seu próprio êxtase, ao seu próprio amor.
Aqueles que são seguidores nunca conhecem a beleza de experienciar coisas novas. Eles sempre têm usado conhecimento de segunda mão, e fingido serem sábios. As pessoas são certamente muito estranhas. Elas não gostam de usar sapatos de segunda mão; nem mesmo em seus pés elas porão sapatos de segunda mão. Mas quanto lixo elas estão carregando em suas cabeças... simplesmente sapatos de segunda mão! Tudo o que elas sabem é emprestado, imitado, aprendido - não pela experiência, mas somente pela memória. O conhecimento delas consiste em memorização.
O rebelde não tem um caminho como tal.
Ele anda, e faz o seu caminho enquanto anda.
O rebelde assemelha-se a um pássaro voando no céu; que caminho ele segue?
Não existem estradas no céu, não existem pegadas de pássaros ancestrais, de pássaros notáveis, Gautama Budas. Nenhum pássaro deixa qualquer pegada no céu; portanto o céu está sempre aberto.
Você voa e faz o seu caminho.
Encontre a direção que lhe dê alegria. Mova-se para a estrela que toque sinos em seu coração. Você deve ser o factor decisivo, ninguém mais!
É por isso que falei muitas vezes sobre o caminho do meio, quando estava contradizendo as pessoas que seguiam o extremo, porque o extremo nunca pode ser completo. Ele é somente uma polaridade. Em certos contextos eu o contradisse, dizendo que estar em uma polaridade é perder a outra polaridade, é viver somente metade da vida. Você permanecerá sempre sem alcançar algo tremendamente valioso, e você nunca saberá o que é.
Naquele contexto eu falei a respeito do caminho do meio.
O homem que percorre o caminho do meio, o centro dourado - exatamente no centro - tem ambos os extremos, como duas asas alcançando os ângulos mais distantes. Ele abrange toda a polaridade em seu ser. Ele permanece no meio, mas suas asas alcançam ambos os extremos simultaneamente. Ele vive uma vida de totalidade.
Mas em outro contexto, eu falei contra o caminho do meio - porque a vida não é tão simples de se compreender. Ela é o fenômeno mais complexo do mundo.
Ela tem que ser, porque é o mais evoluído estado de consciência de toda a existência.
A sua complexidade básica é que você nunca pode falar sobre ela em sua totalidade; você somente pode falar sobre um aspecto. E quando está falando sobre um aspecto você está automaticamente negando outros aspectos, ou pelo menos ignorando-os, e a vida é uma combinação de todas as contradições.
Assim, quando você está falando sobre um aspecto, o seu aspecto contraditório - que também faz parte da vida, tanto quanto o aspecto de que você está falando - tem que ser rejeitado, negado.
Compreender-me significa compreender tudo em um certo contexto. Nunca tome minhas palavras fora do contexto; do contrário você ficará simplesmente desnorteado, confuso. Algumas vezes falei sobre o caminho do meio porque, como lhes disse, ele abrange a totalidade da vida; sua beleza é sua totalidade. Algumas vezes falei em favor dos extremos, porque o extremo tem sua própria beleza.
A vida do homem que anda no centro é sempre morna. Ele é muito cauteloso.
Ele dá cada passo muito calculadamente, com medo de que possa se mover para o extremo.
O homem que segue o caminho do meio não pode viver com paixão; não pode queimar sua tocha da vida em ambos os extremos, simultaneamente. Para isso, é preciso aprender a vida nos pontos extremos. O ponto extremo conhece intensidade, mas não conhece totalidade. Assim, quando eu estava falando a respeito de intensidade, enfatizei os extremos. Mas tudo isso foi dito em um certo contexto.
Eu também disse que não havia caminho. Com a idéia de caminho, sempre concebemos estradas, auto-estradas, que já existem - você precisa apenas andar nelas. É por isso que tenho negado que exista qualquer caminho.
No mundo da realidade, você tem que criar o caminho enquanto anda sobre ele.
À medida em que você anda, você cria, passo a passo, um caminho; aliás, você está entrando em um território desconhecido, sem qualquer fronteira, trilha ou marco. O seu andar está criando o caminho, certamente, mas você não o pode seguir; você já andou sobre ele - é desta forma que ele foi criado.
E lembre-se, seu caminho não vai ser o caminho de ninguém mais, porque cada indivíduo é tão único que se ele seguir o caminho de outro, ele perde sua própria identidade, ele perde sua própria individualidade, e esta é a experiência mais bela da existência.
Perdendo a si mesmo, o que você vai ganhar? Você se tornará simplesmente um hipócrita. É por isso que todas as assim-chamadas pessoas religiosas são os maiores hipócritas do mundo; elas estão seguindo Jesus Cristo, ou Gautama Buda ou Mahavira.
Essas pessoas não são somente hipócritas; essas pessoas são também covardes.
Elas não estão tomando a própria vida em suas próprias mãos, não estão sendo respeitosas com a sua própria dignidade, não estão tentando descobrir: "Quem sou eu?" Estão simplesmente tentando imitar alguém. Elas podem se tornar bons atores, mas nunca podem se tornar elas mesmas. E a sua representação - por mais bonita que seja, por mais correta que seja sempre permanecerá algo superficial, simplesmente uma camada de poeira sobre você. Qualquer situação a pode perturbar, e a sua realidade surgirá.
Você não pode perder a sua singularidade.
Ela é seu verdadeiro ser.
E particularmente o rebelde... sua própria base, sua própria espiritualidade, a totalidade de seu ser é uma afirmação de sua singularidade. Isso não significa que ele esteja afirmando o seu ego, porque ele também respeita a singularidade do outro.
As pessoas não são iguais, nem desiguais. Essas filosofias- são totalmente antipsicológicas, não são baseadas em verdades científicas. A própria idéia de igualdade é absolutamente sem fundamento. Como você pode conceber seres humanos únicos como sendo iguais?
Sim, a eles deveriam ser dadas iguais oportunidades - mas para quê?
Por uma razão muito estranha. A eles deveriam ser dadas iguais oportunidades para que cresçam e sejam eles mesmos. Em outras palavras, a eles deveriam ser dadas iguais oportunidades para serem desiguais, para serem únicos.
É a variedade de flores diferentes, de cores diferentes, de fragrâncias diferentes, torna o mundo rico.
Todas as religiões tentaram deixar o mundo mais e mais pobre.
Imaginem, hoje a população do mundo está chegando perto de - talvez ao final deste mês ela já tenha alcançado - cinco bilhões. Imaginem, cinco bilhões de pessoas como Mahavira, andando nuas por toda a terra. Elas nem ao menos encontrarão comida. Quem irá lhes dar? Onde irão mendigar? Porque para onde quer que se voltem, encontrarão um outro Mahavira, nu e faminto, pedindo por comida.
É bom que as pessoas não sejam tão estúpidas, que não tenham seguido toda essa gente até o fim. Despediram-se delas e disseram: "Nós adoraremos vocês, faremos templos para vocês, mas perdoem-nos, nós não podemos ir tão longe. Isso é somente para pessoas especiais" - somente para vinte e quatro pessoas em toda a criação, dentre as quais os historiadores pensam que vinte e uma são absolutamente falsas, nunca existiram; somente três são personagens históricas. Mas naquele tempo a idéia e o número vinte e quatro certamente se tornaram muito impressivos.
Algumas vezes os números também têm os seus dias de moda. Nos Estados Unidos, o número treze é considerado muito perigoso. Ora, ele é um pobre número como qualquer outro número; em todo o mundo, ninguém pensa nada sobre o número treze. Mas nos Estados Unidos, os hotéis simplesmente não têm o décimo terceiro andar; eles não o numeram. E então - depois do décimo segundo vem o décimo quarto! O décimo terceiro simplesmente não surge, porque ninguém quer permanecer no décimo terceiro andar. As prefeituras não podem por o número treze em nenhuma casa; o número treze simplesmente está faltando em cada cidade. Depois do doze vem o catorze, porque ninguém quer ter o número treze, ele é nefasto.
Nos dias de Mahavira o número vinte e quatro se tornou um número muito espiritual. Essas coisas acontecem como moda. Você não pode dar qualquer evidência muito racional do motivo de elas acontecerem.
Os jainas declararam que têm vinte e quatro tirthankaras. O número vinte e quatro tornou-se importante porque o dia tem vinte e quatro horas, e toda a criação é concebida quase como um dia - metade será uma noite escura e metade estará cheia de luz.
Em uma criação existirão vinte e quatro tirthankaras... exatamente como um velho relógio de parede com um sino que toca a cada hora. Esse tipo de relógio ainda existe nas torres das cidades e nas universidades. Ninguém quer esses relógios em casa, porque por toda a noite você não pode dormir. O relógio não tem consideração se você está dormindo ou acordado; ele simplesmente segue em frente mecanicamente. A mecânica da existência, de acordo com o jainismo, é que cada hora da existência - isso significa milhões e milhões de anos - será precedida por um tirthankara e sucedida por outro. É por isso que existem vinte e quatro tirthankaras. Somente três, ou no máximo quatro; o quarto é um pouco duvidoso... mas vinte são certamente uma criação da imaginação para completar o número vinte e quatro.
Gautama Buda... seus seguidores certamente devem ter sentido: "Nós somos muito pobres, temos somente um buda e essas pessoas têm vinte e quatro tirthankaras, todos acordados, todos iluminados. Nossa religião é muito pobre, algo deve ser feito". Essa é uma clara competição no mercado! Eles não podiam dizer que houve vinte e três budas antes, porque não havia a menor indicação em sua história, não havia templo dedicado a qualquer outro buda, nem escritura descrevendo qualquer outro buda. Isso era muito difícil para eles, assim encontraram uma nova maneira. Eles criaram uma história de que o próprio Gautama Buda nascera vinte e três vezes anteriormente. Tudo o que ele dissera anteriormente, iria dizê-lo completamente refinado, bem sistematizado, na vigésima quarta vez, quando ele estaria vindo pela última vez ao mundo - e é por isso que não existe nenhuma escritura. Mas eles conseguiram o número vinte e quatro.
Até aquele momento os hindus tinham somente dez avataras, dez encarnações de Deus. De repente eles se sentiram... até a época de Mahavira, todas as escrituras descrevem somente dez encarnações de Deus. Mas de repente eles viram que pareciam pobres no mercado, se alguém perguntasse - só dez? Os jainas têm vinte e quatro, os budistas têm vinte e quatro; vinte e quatro é a lei universal, porque naquela época essas eram as únicas três religiões na Índia.
Os hindus estavam em grande perplexidade, o que fazer? - porque todas as suas velhas escrituras dizem que há somente dez encarnações. Eles estavam em uma situação mais difícil do que os budistas. Pelo menos os budistas não tinham escrituras, assim eles arranjaram uma bela história: nada foi registrado porque em sua última encarnação, Buda diria a versão mais refinada. Ele ensaiou vinte e três vezes, na vigésima-quarta ele virá com absoluta perfeição. Desta vez será registrado, estátuas serão feitas, templos serão feitos. Pelo menos nada era contrário à imaginação deles; eles podiam dar um jeito, no vácuo, para preencher os intervalos com budas imaginamos. Mas os hindus estavam em maior dificuldade. Todas as suas escrituras, sem exceção, estavam falando apenas de dez. Mas eles começaram a escrever novas escrituras, sem se preocuparem com a tremenda contradição criada por isto.
Todas as escrituras criadas pelos hindus depois de Buda e Mahavira, têm vinte e quatro encarnações de Deus. O número tem que ser igual!
Essas religiões não têm ensinado a verdade.
Essas religiões têm apenas escravizado a humanidade.
Elas estavam tentando trazer para o seu rebanho tantas pessoas quanto podiam, porque números trazem poder. E os covardes estavam prontos para seguir o rebanho, a multidão, porque os covardes estavam se sentindo sozinhos, com medo. Este vasto universo e você está sozinho... ninguém, nem mesmo um companheiro - completo silêncio nos céus, ninguém para lhe mostrar o caminho, ninguém para lhe dar orientação.
O rebelde é o ser espiritual real. Ele não pertence a rebanho algum, não pertence a sistema algum, não pertence a organização alguma, não pertence a filosofia alguma. Em palavras simples e conclusivas: ele não se empresta aos outros. Escava fundo dentro de si mesmo e encontra seus próprios néctares de vida, encontra suas próprias fontes de vida.
Qual a necessidade de um caminho? Você já está aqui - você existe, você é consciente. Tudo aquilo que é necessário à busca básica é dado a você pela própria existência.
Olhe para dentro de sua consciência e descubra o seu sabor.
Olhe para dentro de sua vida e descubra a sua eternidade.
Olhe para dentro de você mesmo e descobrirá que o mais puro, o mais sagrado templo é o seu próprio corpo - porque ele guarda o sagrado, o divino, tudo o que é belo, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é valioso.
Você está perguntando: "O que guia o rebelde?"
Esta é a beleza do rebelde: ele não necessita de um guia. Ele é seu próprio guia, é seu próprio caminho, é sua própria filosofia, é seu próprio futuro.
Ele é uma declaração de que "Sou tudo o que preciso e a existência é meu lar. Não sou um estranho aqui".

Salve o planeta Terra

"Somente quando tiverem matado o último animal, pescado o último peixe,
 cortado a última árvore, o homem verá que dinheiro não se come".

Renasce Agora

A própria Natureza apresenta preciosas lições nesse particular. Sucedem-se os anos com
matemática precisão, mas os dias são sempre
novos. Dispondo, assim, de trezentas e
sessenta e cinco ocasiões de aprendizado e
recomeço, anualmente, quantas oportunidades
de renovação moral encontrará a criatura, no
abençoado período de uma existência?
Conserva do passado o que for bom e justo,
belo e nobre, mas não guardes do pretérito os
detritos e as sombras, ainda mesmo quando
mascarados de encantador revestimento.
Faze por ti mesmo, nos domínios da tua
iniciativa pela aplicação da fraternidade real,
o trabalho que a tua negligência atirará
fatalmente sobre os ombros de teus benfeitores
e amigos espirituais. Cada hora que surge pode
ser portadora de reajustamento.
Se é possível, não deixes para depois os laços
de amor e paz que podes criar agora, em substituição
às pesadas algemas do desafeto.
Não é fácil quebrar antigos preceitos do mundo
ou desenovelar o coração, a favor daqueles que
nos ferem. Entretanto, o melhor antídoto contra
os tóxicos da aversão é a nossa boa-vontade,
a benefício daqueles que nos odeiam ou que
ainda não nos compreendem.
Enquanto nos demoramos na fortaleza defensiva,
o adversário cogita de enriquecer as munições,
mas se descemos à praça, desassombrados e
serenos, mostrando novas disposições na luta,
a idéia de acordo substitui, dentro de nós e em
torno de nossos passos, a escura fermentação
da guerra. Alguém te magoa? Reinicia o
esforço da boa compreensão.
Alguém te não entende? Persevera em
demonstrar os intentos mais nobres.
Deixa-te reviver, cada dia, na corrente
cristalina e incessante do bem.
Não olvides a assertiva do Mestre: -
"Aquele que não nascer de novo não pode
ver o Reino de Deus."
Renasce agora em teus propósitos, deliberações
e atitudes, trabalhando para superar os
obstáculos que te cercam e alcançando a
antecipação da vitória sobre ti mesmo,
no tempo... Mais vale auxiliar, ainda hoje,
que ser auxiliado amanhã.

sábado, 24 de abril de 2010

Credo Espiritualista

"Creio em Deus-Pai, Todo Poderoso,


Onipresente, Criador de todas as coisas,

visíveis e invisíveis.

Creio em Jesus Cristo - Nosso Senhor, -

Filho Primogênito de Deus, Luz da Luz,

Senhor Eleito do Senhor Supremo, e

Verdadeiro Deus; gerado,

mas não feito para o pecado ou fins ilícitos,

agora em consubstancial perfeição espiritual

no seio do Pai e supremo criador

de todas as coisas, o qual, por amor de nós e

para nossa Salvação,

desceu entre nós e encarnou-se

por Decreto Divino, em Maria Santíssima

e tornou-se Homem!

Foi, também, pelos homens, crucificado,

sob o poder de Pôncio Pilatos; padeceu injúrias

e foi sepultado; ressuscitou, no terceiro dia,

segundo as antigas escrituras originais.

Subiu ao Céu, está assentado à Direita do Pai,

de onde há de vir, um dia, julgar os vivos e os

chamados "Mortos", e o seu reino não terá fim.

Creio na Igreja Universal de Cristo, una, santa,

cordial, evangélica, pura, humilde, apostólica e

modelo de fé, semeando Amor e Caridade com

exemplos decididos de renúncia, altruísmo e

abnegação, acima de sectarismo belicoso e de

todos os conflitos religiosos do mundo!

Creio no Batismo Espiritual, como caminho

que desperta o arrependimento e como a

ajuda para a penitência dos erros e culpas,

para alcançar por fim, a remissão dos

pecados do Espírito sobre o corpo.

Espero a ressurreição espiritual dos chamados

"Mortos" em outras vidas de aperfeiçoamento

e a imortalidade da vida, através dos

renascimentos sucessivos,

nos séculos futuros.

Amém."

E UM DIA VOCÊ APRENDE QUE...

Depois de algum tempo você aprende a sutil diferença
entre segurar uma mão e acorrentar uma alma,
E você aprende que amar não significa apoiar-se
e companhia não quer sempre dizer segurança,
E você começa a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.
E você começa a aceitar suas derrotas
com sua cabeça erguida e seus olhos adiante,
com a graça de adulto, não a tristeza de uma criança,
E você aprende a construir todas as estradas hoje
porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para planos,
e futuro tem costume de cair em meio do vôo.
E depois de um tempo você aprende
que até mesmo a luz do sol queima se você ficar exposto por muito tempo.
Então você planta seu próprio jardim e enfeita sua própria alma,
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que você realmente pode resistir...
que você realmente é forte e que você realmente tem valor
E você aprende e aprende...
com cada adeus, você aprende.

Sobre Tudo Que É Magico

Mágico é ser você mesmo, buscar sua essência.
É trocar superstição por intuição.
Mágico é tentar fazer de forma nova, diferente, as "velhas coisas" do cotidiano.
É não esquecer de seus verdadeiros sonhos, é descobrior como
adequá-las ao mundo real, para que se concretizem.
Mágico é aceitar o que você não pode mudar, é ter mais energia para o que é possível realizar.
É superar obstáculos, é saber que a maior parte deles está dentro de você.
Mágico é desenvolver sua criatividade.
É respeitar o Universo, a Natureza, os animais, porquecada ser é mágico.
É assumir sua responsabilidade, sua participação nesse ciclo da vida.
É contribuir para um mundo melhor, fazendo a sua parte.
Mágico é perdoar para se libertar, abrir espaço para o novo.
É deixar para trás o que pertence ao passado e não lhe serve mais, diminuir a bagagem, caminhar mais leve.
Mágico é cultivar uma vida natural, saudável, plena.
É respeitar seu corpo, sua mente, seus sentimentos.
É se gostar cada vez mais.
É cultivarbons amigos ao longo de sua jornada, mais saber caminhar sozinho.
Mágico é gostar de sua própria companhia, ter prazer em estar consigo mesmo.
É redescobrir a criança espontânea, alegre e sincera que existe dentro de você.
É ser adulto para perceber que você é o único responsável por sua vida, suas escolhas e decisões.
Mágico é ter ideais, objetivos, metas.
É buscar uma direção.
É refletir sempre, aprender com suas próprias experiências.
Mágico é compreender, que tudo o que você viveu e vive, inclusive as dificuldades, contribuem para um aprendizado.
Mágico é o Sol, o Vento, a Chuva, o Mar.
É a Vida que pulsa e se renova a cada instante.
Mágico é você, somos nós.
É entender com seu coração, que sempre vale a pena acordar pela manhã e viver, aprender, superar, seguir, buscar...
Ser Feliz...

Direcione o seu olhar

Quando estiver em dificuldade


e pensar em desistir,

OLHE PARA TRÁS

e lembre-se dos obstáculos

que já superou.

Se tropeçar e cair,

levante, não fique prostrado,

OLHE PARA A FRENTE

e esqueça o passado.



Ao sentir-se orgulhoso

por alguma realização pessoal,

OLHE PARA DENTRO

e sonde suas motivações.



Antes que o egoísmo o domine,

enquanto seu coração é sensível,

OLHE PARA OS LADOS

e socorra os que o cercam.



Na escalada rumo às altas posições,

no afã de concretizar seus sonhos,

OLHE PARA BAIXO

e observe se não está pisando em alguém.



Em todos os momentos da vida,

seja qual for sua atividade,

OLHE PARA CIMA

e busque a aprovação de DEUS!

Acordemos

É sempre fácil

examinar as consciências alheias,

identificar os erros do próximo,

opinar em questões que não nos dizem respeito,

indicar as fraquezas dos semelhantes,

educar os filhos dos vizinhos,

reprovar as deficiências dos companheiros,

corrigir os defeitos dos outros,

aconselhar o caminho reto a quem passa,

receitar paciência a quem sofre

e retificar as más qualidades de

quem segue conosco...

Mas enquanto nos distraimos,

em tais incursões a distância de nós mesmos,

não passamos de aprendizes que fogem, levianos,

à verdade e à lição.

Enquanto nos ausentamos

do estudo de nossas próprias necessidades,

olvidando a aplicação dos princípios

superiores que abraçamos na fé viva,

somos simplesmente cegos do mundo interior

relegados à treva...

Despertemos, a nós mesmos,

acordemos nossas energias mais profundas

para que o ensinamento do Cristo

não seja para nós uma bênção que passa,

sem proveito à nossa vida,

porque o infortúnio maior de todos

para a nossa alma eterna

é aquele que nos

infelicita quando a graça do Alto

passa por nós em vão!...