viernes, 5 de agosto de 2011

Prece do Bem Viver


Que possamos acordar pela manhã e mesmo diante de nuvens de chuvas vislumbrar um belo dia...

Que possamos pensar no agora sem a aflição do depois...
Que possamos viver o hoje sem o medo do que virá amanhã...
Que possamos viver sem o medo de viver.
Que possamos viver e deixar viver.
Que possamos ir além de nossas limitações e assim crescermos em nossos ideais...
Que possamos ultrapassar barreiras e alcançar nossos propósitos originais...
Que possamos amar sem o medo de não sermos amados...
E que não tenhamos nunca o medo de abrir novamente o coração para o amor.
Que possamos sorrir e chorar sempre que for preciso, sem a preocupação de alheia opinião...
Que possamos abraçar fortemente antes mesmo de sermos abraçados...
Que possamos deixar de lado as preocupações das conseqüências que ainda não aconteceram e, de maneira natural, vivenciar todas as ações das quais precisamos viver.
Que possamos nos desapegar dos sentimentos de ciúmes e posse.
Que possamos aprender, aceitar, respeitar e praticar a liberdade do Amor.
Que possamos ter fé e força para nunca cairmos no desespero.
Que possamos ter consciência clara e responsável para não praticarmos o mal..
Que possamos ser a força de quem fraqueja.
Que possamos ser luzes nos caminhos escuros.
Que possamos ser a esperança daqueles que não têm fé.
Que possamos ser o sorriso de quem derrama lágrimas.
Que possamos ser a compreensão de quem é incompreendido.
Que possamos acima de tudo nos doar e, assim, nos livrar de todos os padrões egoístas.
Se a criação vem em dores de parto, que possamos ter paciência, força e persistência para suportar essas dores enquanto esperamos o bem maior nascer.
E se devemos caminhar na direção do nosso maior temor porque ali está nossa única esperança, então, que possamos ter sempre fé para nunca faltar-nos a esperança!

QUE ASSIM SEJA!

O recurso mais eficaz


Sempre que possível,
luariza-te com a oração.
Faze espaços mentais
e busca as Fontes da Vida,
onde haurirás energias puras e paz.
Todos os santos e místicos
que alteraram o rumo moral
da Humanidade para melhor,
no Oriente como no Ociedente,
são unânimes em aconselhar
a prece como recurso mais eficaz
para preservar-se ou conquistar-se
a harmonia íntima.
Jesus mantinha a convivência amiga
com os discípulos e o povo, no entanto,
reservava momentos para conversar
 com Deus através da oração exaltando
a excelência desses colóquios sublimes.
Sai, portanto, do turbilhão em que
te encontras mergulhando e segue no
rumo do oásis da prece
para te refazeres e te banhares de paz.

Espírito Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo P.  Franco

viernes, 29 de julio de 2011

*Observai os pássaros do céu*



Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.[...]
   Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que  haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta.
Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, ascrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, poruqe andais solícitos?
Olhai para  os lirios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. E eu vos digo que nem mesmo Salamão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?
Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos?(Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas; mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

Mateus, 6: 19-21 e 25-34.

jueves, 28 de julio de 2011

*DEUS*


  Quem, senão Deus, criou obra tamanha,
           O espaço e o tempo, as amplidões e as eras,
Onde se agitam turbilhões de esferas,
   Que a luz, a excelsa luz, aquece e banha?
  Quem, senão ELE, fez a esfinge estranha
No segredo inviolável das moneras,
No coração dos homens e das feras,
No coração do mar e da montanha?!
Deus!... somente o Eterno, o Impenetrável,
Poderia criar o imensurável
E o Universo infinito criaria!...
Suprema paz, intérmina piedade,
E que habita na eterna claridade
Das torrentes da Luz e da Harmonia!

Francisco Cândido Xavier. Parnaso de além-túmulo.
Pelo Espírito Antero de Quental

viernes, 22 de julio de 2011

Os Inimigos Desencarnados

Ainda outros motivos tem o espírita para ser indulgente com os seus inimigos. Sabe ele, primeiramente, que a maldade não é um estado permanente dos homens; que ela decorre de uma imperfeição temporária e que, assim como a criança se corrige dos seus defeitos, o homem mau reconhecerá um dia os seus erros e se tornará bom.


Sabe também que a morte apenas o livra da presença material do seu inimigo, pois que este o pode perseguir com o seu ódio, mesmo depois de haver deixado a Terra; que, assim, a vingança, que tome, falha ao seu objetivo, visto que, ao contrário, tem por efeito produzir maior irritação, capaz de passar de uma existência a outra. Cabia ao Espiritismo demonstrar, por meio da experiência e da lei que rege as relações entre o mundo visível e o mundo invisível, que a expressão: extinguir o ódio com o sangue é radicalmente falsa, que a verdade é que o sangue alimenta o ódio, mesmo no além-túmulo. Cabia-lhe, portanto, apresentar uma razão de ser positiva e uma utilidade prática ao perdão e ao preceito do Cristo: Amai os vossos inimigos. Não há coração tão perverso que, mesmo a seu mau grado, não se mostre sensível ao bom proceder. Mediante o bom procedimento, tira-se, pelo menos, todo pretexto às represálias, podendo-se até fazer de um inimigo um amigo, antes e depois de sua morte. Com um mau proceder, o homem irrita o seu inimigo, que então se constitui instrumento de que a justiça de Deus se serve para punir aquele que não perdoou.


Pode-se, portanto, contar inimigos assim entre os encarnados, como entre os desencarnados. Os inimigos do mundo invisível manifestam sua malevolência pelas obsessões e subjugações com que tanta gente se vê a braços e que representam um gênero de provações, as quais, como as outras, concorrem para o adiantamento do ser, que, por isso; as deve receber com resignação e como conseqüência da natureza inferior do globo terrestre. Se não houvesse homens maus na Terra, não haveria Espíritos maus ao seu derredor. Se, conseguintemente, se deve usar de benevolência com os inimigos encarnados, do mesmo modo se deve proceder com relação aos que se acham desencarnados.


Outrora, sacrificavam-se vítimas sangrentas para aplacar os deuses infernais, que não eram senão os maus Espíritos. Aos deuses infernais sucederam os demônios, que são a mesma coisa. O Espiritismo demonstra que esses demônios mais não são do que as almas dos homens perversos, que ainda se não despojaram dos instintos materiais; que ninguém logra aplacá-los, senão mediante o sacrifício do ódio existente, isto é, pela caridade; que esta não tem por efeito, unicamente, impedi-los de praticar o mal e, sim, também o de os reconduzir ao caminho do bem e de contribuir para a salvação deles. E assim que o mandamento: Amai os vossos inimigos não se circunscreve ao âmbito acanhado da Terra e da vida presente; antes, faz parte da grande lei da solidariedade e da fraternidade universais.


jueves, 9 de junio de 2011

LEGENDAS DA FELICIDADE


Felicidade, a contento,
A que, em verdade, se alcança,
Procede do esquecimento
Associado à esperança.

Quem possui mente segura,
Reconforto, diretriz,
Teto, agasalho, cultura.
Na essência, já é feliz.

A ventura se concebe
Só pelo câmbio do bem,
Quanto mais dá mais recebe,
Quanto mais serve mais tem.

Felicidade, a saber,
Tem um programa a seguir,
Trabalhar para vencer,
Calar para resistir.

Felicidade que existe
Só numa silaba é,
Porque a ventura consiste
Em nunca perder a fé.

Espiríto José Albano
Mediun Chico Xavier

sábado, 4 de junio de 2011

RAMOS DE TROVAS


Existência enobrecida.
Aconteça o que aconteça.
Começa no coração
E acaba pela cabeça.

Auxilio nos guarda a vida
Nas dádivas mais singelas:
Merecimento nos vem
Do que fazemos com elas.
Não há sombra tão espessa.
Nem há noite sem luar,
Que a luz de um bom pensamento
Não consiga iluminar.
Sofremos, sim... mas nem tanto...
A dor mais dura e feroz
É a dor do orgulho ferido.
Rugindo dentro de nós.

Achei tanto amor nos Céus.
Que as minhas contas não novo
Para pagar o que devo
O jeito é nascer de novo.

Espiríto Eugênio Rubião

LETREIROS DA MORTE


Saudade de alguém que morre
Significa, no fundo,
Aroma do roseiral
Que o morto plantou no mundo.
A morte não provocada
É bênção que Deus envia,
Lembrando noite estrelada
Quando chega o fim do dia.

A Terra – escola bendita.
O sofrimento – lição.
O corpo – a prisão da vida.
A morte – libertação.
Para quem cumpre o dever.
Por mais que o dever enfade
A morte é a cadeia aberta
No dia da liberdade.
Procura o bem, faze o bem.
Não percas tempo, nem vez,
Que a gente leva da vida
Somente a vida que fez.

Espiríto Roberto Corrêa

ACORDES DA VERDADE

As penas chegam depressa
E vão-se devagarinho,
Pois somos sempre nós mesmos
Quem lhes prepara o caminho,
Preceito claro da vida
Nos destinos mais vulgares:
Serás tanto mais feliz
Quanto menos desejares.
Onde estejas quanto possas,
Ajuda em favor de alguém...
Origem de todo mal:
Ignorância do bem.
Quem dá para receber,
Quem no que dá põe valia,
Não favorece, nem dá,
Tão - somente negocia.
Nunca vejas no vizinho
Defeitos, fraquezas, taras...
A ostra mora no lodo
Criando perolas raras.
médiun Chico Xavier
espiríto Sabino Batista

domingo, 22 de mayo de 2011

Cristo em Casa.


Contrapondo-se à onda crescente da loucura que irrompe avassaladora de tõda parte, e domina, penetrando os lares e os destroçando, o Evangelho de Jesus, hoje como no passado, abre larga faixa para a esperança, facultando a visão de um futuro promissor onde os desassossegos do coração não terão ensejo de medrar.


A par da lascívia e do moderno comércio do erotismo, que consomem as mais elevadas aspirações humanas na Indústria da devassidão, as se-mentes luminosas da Boa Nova, plantadas na intimidade do conjunto familiar, desdobram-se em embriões de amor que enriquecem os espíritos de paz, recuperando os homens portadores das enfermidades espirituais de longo curso e medicando-os com as dádivas da saúde.


Enquanto campeia a caça desassisada aos estupefacientes e barbitúricos a os narcóticos e aos excessos do sexo em desalinho, a mensagem do Reino de Deus cada semana, na família, representa placebo valioso que consegue recompor das distonias psíquicas aquêles que jazem anestesiados sob o jugo de forças ultrizes e vingadoras de existências pretéritas.


Há mais enfermos no mundo do que se supõe que existam. Isto porque, no reduto familiar raramente fecundam a conversação edificante, o entendimento fraterno, a tolerância geral, o amor desinteressado... Vinculados por compromissos vigorosos para a própria evolução, os espíritos reencarnam-se no mesmo grupo cromossomático, endividados entre si, para o necessário reajustamento, trazendo nos refolhos da memória espiritual as recordações traumáticas e as lembranças nefastas, deixando-se arrastar, invariàvelmente, a complexos processos de obsessão recíproca, graças ao ódio mantido, às animosidades conservadas e nutridas com as altas contribuições da rebeldia e da violência.


Em razão disso, o desrespeito grassa, a revolta se instala, a indiferença insiste e a aversão assoma...
A família, em tais circunstâncias, se transforma em palco de tragédias sucessivas, quando não se faz aduana de traições e desídias...
Estimulando os desajustes que se encontram inatos nos grupos da consangüinidade, a hodierna técnica da comunicação malsã tem conspirado poderosamente contra a paz do lar e a felicidade dos homens.

Cristo, porém, quando se adentra pelo portal do lar, modifica a paisagem espiritual do recinto.


As cargas de vibrações deletérias, os miasmas da intolerância, os tóxicos nauseantes da ira, as palavras azedas vão rareando, ao suave-doce contágio do Seu amor e se modificam as expressões da desarmonia e do desconfôrto, produzindo natural condição de entendimento, de alegria, de refazimento.
Cristo no lar significa comunhão da esperança com o amor.


A Sua presença produz sinais evidentes de paz, e aquêles que antes experimentavam repulsa pelo ajuntamento doméstico descobrem sintomas de identificação, necessidade de auxílio mútuo.
Com Jesus em casa acendem-se as claridades para o futuro, a iluminar as sombras que campeiam desde agora.


Abre o "livro da vida" e medita nos "ditos do Senhor" pelo menos uma vez na semana, entre aquêles que vivem contigo em conúbio familiar. Mergulha a mente nas suas lições, embriaga o espírito na esperança, sorve a água lustral da "fonte viva" generosa e abundante, esquece os painéis tumultuados que são habituais e marcha na direção da alegria.
Se não consegues a companhia dos que te repartem a consangüinidade para tal ministério, não desfaleças. Faze-o, assim mesmo.
Se assomam óbices inesperados não descoroçoes, insistindo, ainda assim. Se surprêsas infelizes conspiram à hora do teu encontro semanal com Ele, não desesperes e retoma as tentativas, perseverando...


Quando Cristo penetra a alma do discípulo, refá-la, quando visita a família em prece, sustenta-a.
Faze do teu lar um santuário onde se possa aspirar o aroma da felicidade e fruir o néctar da paz.
Sob o dossel das estrêlas, no passado, o Senhor, enquanto conosco, instaurou nos lares humildes dos discípulos o convívio da prece, da palestra edificante, inaugurando a era da convivência pacífica, da discussão produtiva, do intercâmbio com o Mundo Excelso...


Abrindo-lhe o lar uma vez que seja, em cada sete dias, experimentarás com Ele a inexcedível ventura de aprender a amar para bem servir e crescer para a liberdade que nos alçará além e acima das próprias limitações, integrando-nos na família universal em nome do Amor de Nosso Pai.
"Senhor, não sou digno de que entres em minha casa". (Mateus: capítulo 8º, versículo 8.)

"Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia. Então, semelhantemente aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a adverti-los, O mundo está abalado em seus fundamentos; reboard o trovão. Sêde firmes!" (Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 1º - Item 10.)

Joanna de Ângelis. Da obra: Florações Evangélicas. Capítulo 3.


jueves, 19 de mayo de 2011

A APLICAÇÃO DO ESPIRITISMO

Queridos irmãos, lembremo-nos sempre de que o Espiritismo:
VISTO, pode ser somente fenômeno;
OUVIDO, pode ser apenas consolação;
VITORIOSO, pode ser somente festividade;
ESTUDADO, pode ser apenas escola;
DISCUTIDO, pode ser somente sectarismo;
INTERPRETADO, pode ser apenas teoria;
PROPAGADO, pode ser somente movimentação;
SISTEMATIZADO, pode ser apenas filosofia;
OBSERVADO, pode ser somente ciência;
MEDITADO, pode ser apenas doutrina;
SENTIDO, pode ser somente crença.
Não nos esqueçamos porém de que ESPIRITISMO APLICADO, é Vida Eterna com Eterna Libertação.
A codificação trouxe ao mundo uma chave gloriosa, cuja utilidade se adapta a numerosas portas.
Escolhamos com o Apóstolo, que hoje recordamos, o caminho da aplicação:
TRABALHO, SOLIDARIEDADE, TOLERÂNCIA.
De coração elevado a Jesus, não temos por agora divisa mais nobre a recordar.
Vivei-a na fé consoladora.
Espiritismo é Sol. Brilhai na sua luz.

(Do livro "Nosso Livro", Emmanuel, Francisco C. Xavier)





martes, 17 de mayo de 2011

ENTRE FALSAS VOZES

Se a preguiça te pede; -"Descansa'', responde-lhe com algum ascrécimo de esforço no trabalho que espera por teu concurso.


Se a vaidade te afirma; - ''Ninguém existe maior que tu''!, retribui com humildade, reconhecendo que não passamos de meros servidores da vida, entre os nossos irmãos de luta.
Se o orgulho te diz: - Não cedas!", aprende a esquecer-te, auxiliando sempre.
Se o ciúme te segreda aos ouvidos: - "A posse e tua!", guarda silêncio em tua alma e procura entender qye o amor e o bem são bençãos do Céu, extensivas a todos.
Se o egoísmo te aconselha: - "Retém!", abre as tuas mãos e distribui a bondade com os que te cercam.
Se a revolta te assevera: - "Reage e reivindica os teus direitos!", aguarda a Just~ça Divina, trabalhando e servindo com mais abnegação.
Se maldade te sugere: - "Vinga-te", considera que mais vale amparar constantemente o companheiro, quanto temos sido auxiliados por Jesus, afim de que o amor fulgure em nossas vidas.


Os falsos profetas vivem nos recessos de nosso próprio ser.
Surgem, cada dia, invariáveis, na forma da intriga ou da maledicência, da leviandade ou da indisciplina, induzindo-nos a cerrar o coração contra a consciência.
Se aceitamos Jesus em nosso roteiro, ouçamos o que nos diz o seu ensinamento e apliquemo-nos à prática de Suas lições Sublimes.
Olvidemos as insinuações da ignorância e da treva, da crueldade e da má fé, que nos enrijecem o sentimento e, de coração unido à Vontade do Mestre, vendo a vida por seus olhos e ouvindo os nossos irmãos, através de seus ouvidos, estremos realmente habituados à posição de intérpretes do seu Infinito Amor, em qualquer parte.



Espiríto Emmanuel, Médiun Chico Xavier

jueves, 5 de mayo de 2011

Alegria

Alegria é o cântico das horas com que Deus te afaga a passagem no mundo. Em toda parte, desabrocham flores por sorrisos da natureza e o vento penteia a cabeleira do campo com música de ninar.
A água da fonte é carinho liquefeito no coração da terra e o próprio grão da areia, inundado de sol, é mensagem de alegria a falar-te do chão.
Não permitas, assim, que a tua dificuldade se faça tristeza entorpecente nos outros.
Ainda mesmo que tudo pareça conspirar contra a felicidade que esperas, ergue os olhos para face risonha da vida que te rodeia e alimenta a alegria por onde passes.
Abençoa e auxilia sempre, mesmo por entre lágrimas.
A rosa oferece perfume sobre a guerra do espino e a alvorada aguarda, generosa, que a noite cesse para renovar-se diariamente, em festa de amor e luz.

MEIMEI
Médium: Francisco Cândido Xavier
do livro:"Ideal ESPÍRITA"

sábado, 23 de abril de 2011

RECONHECE-SE O CRISTÃO PELAS SUAS OBRAS

16. "Nem todos os que me dizem Senhor, Senhor, entrarão no Reino dos Céus, mas somente o que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus". Escutai estas palavras do Mestre, todos vós, que repelis a doutrina espírita como obra do demônio! Abri os vossos ouvidos, pois chegou o momento de ouvir!

 Será suficiente trazer a libré do Senhor, para ser um fiel servidor? Será bastante dizer: "Sou cristão", para seguir o Cristo? Procurai os verdadeiros cristãos e os reconhecereis pelas suas obras. "Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos." - " Toda árvore que não der bons frutos será  cortada e lançada no fogo." - Eis as palavras do Mestre. Discípulos do Cristo, compreendei-as bem! Quais os frutos que a árvore do Cristianismo deve dar, árvore possante, cujos ramos frondosos cobrem com a sua sombra uma parte do mundo, mas ainda não abrigaram a todos os que devem reunir-se em seu redor? Os frutos da árvore da vida são frutos da vida, da esperança e de fé. O Cristianismo, como o vem fazendo desde muitos séculos, prega sempre essas divinas virtudes, procurando distribuir os seus frutos. Mas quão poucos os colhem! A árvore é sempre boa, mas os jardinaros são maus. Quiseram moldá-la segundo as suas idéias, modelá-la de acordo com as suas conveniências. Para isso a cortaram, diminuíram, mutilaram. Seus ramos estéreis já não produzem mais frutos, pois nada mais produzem. O viajor sedento que se acolhe à sua sombra, procurando o fruto de esperança, que lhe deve dar força e coragem, encontra apenas os ramos adustos, pressagiando mau tempo. É em vão que busca o fruto de vida na árvore da  vida: as folhas tombam secas aos seus pés. As mãos do homem tanto as trabalharam, que acabaram por crestá-las!
   Abri, pois, vossos ouvidos e vossos corações, meus bem-amados! Cultivai esta árvore da vida, cujos frutos proporcionam a vida eterna. Aquele que a plantou vos convida a cuidá-la com amor, que ainda a vereis dar com abundância os seus frutos divinos. Deixai-a assim como o Cristo vo-la deu: não a mutileis. Sua sombra imensa quer estender-se por todo o universo; não lhe corteis a ramagem. Seus frutos generosos caem em abundância, para atentar o viajor cansado, que deseja chegar ao seu destino. Não os amontoeis para guardá-los e deixá-los apodrecer, sem servirem a ninguém. "São muitos os chamados e poucos os escolhidos." É que há os açambarcadores do pão  da vida, como os há do pão material. Não vos coloqueis entre eles: a árvore que dá bons frutos deve destribui-los para todos. Ide, pois, procurar os necessitados; conduzi-os sob ramagens da árvore e partilhai com eles o abrigo que ela vos oferece. "Não se colhem uvas dos espinheiros". Meus irmãos, afastais-vos, pois,  dos que vos chamam para apontar os tropeças do caminho, e segui os que vos conduzem à sombra da árvore da vida.
   O divino Salvador, o justo por excelência, disse, e suas palavras não passarão: " Os que me dizem Senhor, Senhor, nem todos entrarão no Reino dos Céus, mas somente aqueles que fazem a vontade de meu Pai, que está nos céus". Que o Senhor das bençãos vos abençõe, que o Deus da luz vos ilumine; que a árvore da vida vos faça com abundância a oferenda dos seus frutos! Crede e orai!

SIMEÃO
Bordeaux, 1863
O Evangelho Segundo o Espiritismo cap. XVIII

jueves, 24 de marzo de 2011

POR QUE O MAL GERALMENTE VENCE O BEM?

“O Bem é proceder de acordo com a Lei de Deus; e o Mal é desrespeitá-la.” (Questão 629 em O Livro dos Espíritos).
“Por fraqueza dos bons é que vemos com freqüência no mundo, a influência dos maus vencerem a influência dos bons. Porque os maus são intrigantes e audaciosos, e os bons são tímidos. E que, quando os bons quiserem, predominarão.” (Questão 932 em O Livro dos Espíritos)


Em conflito com o Bem e o Mal, o Apóstolo Paulo disse: “o querer o Bem está em mim, mas não sou capaz de fazê-lo. Não faço o Bem que quero, e sim o Mal que não quero.”


Semelhante desvio é típico de um planeta de expiação e provas como a Terra, habitado por Espíritos de variados graus de evolução. Mas, todos temos meios de distinguir o Bem do Mal se acreditarmos em Deus. Pois, Ele nos deu inteligência para discernirmos um do outro. O grau de culpabilidade de um ato depende do quanto sabemos. Exemplo: Se uma criança pegar uma arma e ferir alguém não será julgado com o mesmo rigor que uma pessoa que saiu com uma arma com intenção de ferir.


Por isso, Jesus disse que a porta da perdição é larga, porque as más paixões são numerosas, e o caminho do mal é freqüentado pela maioria. E da salvação é estreita, porque o homem que quer ultrapassá-la deve fazer grandes esforços sobre si mesmo para vencer as más tendências.


Não podemos ignorar que temos uma bagagem (boa e má) adormecida de outra vida. E que ao freqüentarmos certos lugares, ao fazermos certas leituras, ao cometermos certos atos e pensamento podemos despertar vícios, falhas e erros do passado, que irão somar com os erros do presente. Porque não sabemos se fomos envolvidos com assassinato, drogas, jogos, sexo desregrado, etc. Sem contar que tais atitudes são pratos cheios para atrairmos espíritos (encarnados e desencarnados) afins que estão esperando uma oportunidade para nos intuir (incentivar) ao erro.
Por isso, muitas vezes, ouvimos os obsessores encarnados e desencarnados sugerirem o Mal.


Por exemplo:
- Você não vai beber ? Você é bobo!
- Você não vai usar drogas ? Você é babaca!
Agora, perguntemos:
- Por que temos que ceder para o que é errado ?
- Por que o errado não cede para o que é certo ?
Porque, como disseram os espíritos, o bem é tímido e o mal audacioso.


Sabemos que o meio que certas pessoas vivem é para ele o principal motivo para enveredar para o vício e o crime. Mas, exposição á tentação é uma prova escolhida por nós antes de encarnar, para testarmos nossa resistência. É uma prova difícil, mas somos capazes de dizer "não" ao Mal usando nosso livre arbítrio. Disse Raul Teixeira: "Muitos de nós usamos a desculpa que: "todo muito erra; todo mundo bebe; todo mundo fuma; etc., para errarmos também." Mas, na porta estreita da vida não passaremos senão a "sós". Mesmo que desencarnemos num acidente coletivo, cada qual se encontrará num estado vibratório diferente portanto, cada qual adentrará os umbrais da vida a "sós". Não conseguiremos justificar nossos erros dizendo que fomos arrastados por fulano ou beltrano."


Infelizmente, os meios de comunicação incentivam nossas crianças, nossos jovens e muitos adultos ao desequilíbrio. Músicas e danças vulgares; propagandas que mostram a bebida como um amuleto da felicidade e da alegria; a violência e o sexo banalizados. Só o Evangelho nos fortalecerá contra nossas próprias fraquezas.


Portanto, respeitemos o livre arbítrio dos que querem seguir o Mal, mas vamos exigir respeito quanto ao nosso livre arbítrio em querer seguir o Bem. Não nos envergonhemos de ser diferente. Todos podemos fazer o Bem, somente o egoísta não encontra ocasião de praticá-lo. O espírita é um cidadão dinâmico e não um alienado. Nós devemos cooperar nas atividades que engrandeçam o mundo. Demonstrar nas atividades públicas a conduta espírita, assumindo os deveres do mundo sem nos tornarmos mundano, ser cristão na liça movimentada das realizações sociais. Porque, como disse Divaldo P. Franco: “o mal é o bem ausente. A treva é a luz apagada. Ao invés de amaldiçoarmos na escuridão, acendamos uma luz.”


“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.” (Martin Luther King)

Copiado do blog grupoallankardec.blogspot.com

domingo, 20 de marzo de 2011

Aos nossos irmãos Japoneses

Queridos irmãos japoneses!


Conheço sua dificuldade cultural para o choro, para a exteriorização de sentimentos...E sei que,apesar de todo o esforço para sublimar,o seu coração grita e chora...E nós,ocidentais,juntamo-nos a voces,na dor desse momento e oferecemos , dentro da nossa impotência aquilo de que podemos dispor: nossa empatia,nossas orações e nosso ABRAÇO VIRTUAL. Que DEUS esteja com vocês a cada minuto acalmando os vossos corações..Estamos com voces em pensamento!!!

viernes, 18 de marzo de 2011

Exaltação ao Livro Espírita


Repositório feliz da trajetória histórica da Humanidade, o livro é o silencioso mensageiro dos tempos, apresentando os fastos das culturas do passado e as narrativas sobre homens e mulheres que desfilaram pelas páginas das diferentes épocas e jazem hoje amortalhados, porém vivos, aguardando ser consultados.


Desde as escritas rupestres às estelas de pedras, às argilas, papiros, pergaminhos, tábuas, peles de animais até o momento grandioso da descoberta do papel, a partir dos sinais toscos e informes até às letras e caracteres bem definidos, as mensagens vivas referindo-se às glórias e misérias da humanidade passaram através dos seus registros de uma para outra geração, eternizando os acontecimentos.


Foi ele que auxiliou o desenvolvimento da razão humana e contribuiu decisivamente para a conquista do conhecimento, abrindo mais amplos e grandiosos espaços para o pensamento.
Imortalizado através dos evos, alcançou este momento relevante de tecnologia insuperável, permanecendo insubstituível.


Não obstante a glória da ciência virtual, ele prossegue oferecendo contribuição própria indispensável ao processo de evolução das criaturas.


Perpetuando o pensamento oriental, rico de sabedoria e de mística, na Grécia e em Roma preservou para o futuro a genialidade de Trucídides, de Ésquilo, de Hesíodo, de Sócrates, de Platão, de Aristóteles, de Hipócrates, de Leucipo, de Epicuro, de Heródoto, de Pitágoras, de Homero, de Cícero, de Ovídio e de incontáveis mensageiros de Deus e do progresso para auxiliarem o ser humano no avanço inevitável para a aquisição da sabedoria.

Posteriormente, em diferentes períodos, fez-se a alavanca para impulsionar a cultura, tornando-se responsável pelos momentos grandiosos das decisões magnas da sociedade.

Através de Shakespeare ou de Charles Dickens, de Dante Alighieri ou de Voltaire, de Teresa de Jesus, a santa de Ávila, ou de Jean Jacques Rousseau, de Sór Juana Inés de la Cruz ou do Marquês de Beccaria penetrou no bojo das criaturas humanas e fez desmoronar as masmorras da ignorância ou construiu-as na emoção de muitos, assinalando profundamente cada época.

Graças a Goethe através de Os sofrimentos do jovem Werther, induziu ao suicídio inúmeros adolescentes frustrados afetivamente que se identificavam com o drama da infeliz personagem, sulcando vidas com amargura. O mesmo aconteceu com Tolstoi, no seu Anna Karenina, de que se arrependeria dolorosamente mais tarde...

No entanto, noutros momentos desencarcerou milhões de vidas quando se apresentou como fonte geradora de esperanças no formato de Obras espirituais em todas as culturas, culminando em O Novo Testamento, que retrata o maior momento da História.

Apesar da missão sublime de que se encontra investido, nem sempre aqueles que o escrevem dão-se conta da sua significação e objetivo.
Por isso, no livro espírita encontramos a mensagem de vida eterna desvestida de sortilégios e dogmatismos, refletindo a transparente claridade da Vida exuberante.

Foi Allan Kardec quem o brindou com eloqüente entusiasmo e imbatível coragem, lutando contra os preconceitos e as paixões servis ao apresentar em Paris, em 1857, o Espiritismo, despido de sofismas e silogismos, das complexidades de sistema e dos conflitos de escolas filosóficas através de O Livro dos Espíritos hoje patrimônio da Humanidade.

Contendo as questões mais palpitantes do pensamento histórico analisadas pelos Imortais, é síntese de sabedoria em todos os sentidos, que as conquistas da ciência contemporânea vêm confirmando a cada dia.
Escrito com clareza meridiana e acessível aos diferentes níveis culturais, tem resistido às revoluções das diversas ideologias sem sofrer qualquer prejuízo de conteúdo ou de forma, transcorridos cento e quarenta e quatro anos quase após a sua publicação.

Base de sustentação da Doutrina Espírita, desdobra-se em outros que são fundamentais para a compreensão do ser, do destino, da dor, dos objetivos essenciais, quais sejam: O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese em incomparável harmonia entre a ciência, a filosofia e a religião, unindo a razão ao sentimento, a ética à moral, o pensamento à emoção, como ninguém dantes o conseguira.

Graças a esse conjunto estrutural, desdobra-se em novos livros de orientação e consolo, de esclarecimento e debate, de informações valiosas e de revelações incomuns, dignificando a vida e todos os seres que habitam a Terra, por elucidar que o processo evolutivo é inestancável, a todos facultando a glória da plenitude.

Por essas razões, exaltamos o livro espírita, nele encontrando Jesus descrucificado e libertado dos mitos com que O ocultaram através dos tempos, retornando ao planeta, a fim de erguê-lo na escala dos mundos e impulsioná-lo no rumo do Pai.



Franco, Divaldo Pereira. Ditado pelo Espírito Vianna de Carvalho
na reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção,
na noite de 24 de janeiro de 2001, em Salvador,
 Bahia. Fonte www.divaldofranco.com..



* * * Estude Kardec * * *



viernes, 11 de marzo de 2011

NO MOMENTO DE DORMIR

38. Prefácio. - O sono é o repouso do corpo, mas o Espírito não necessita desse repouso. Enquanto os sentidos se entorpecem, a alma se liberta parcialmente da matéria, gozando das suas faculdades espirituais. O sono foi dado ao  homem para reparação de suas forças orgânicas e das suas forças morais. Enquanto o corpo recupera as energias gastas no estado de vigília, o Espírito vai se retemperar entre os outros Espíritos.
É então que ele tira, de tudo o que vê, de que percebe, e dos conselhos que lhe são dados, as idéias que lhe ocorrem depois, em forma de intuições. É o retorno temporário do exilado à sua verdadeira pátria, a liberdade momentâneamente concedida ao prisioneiro. Mas acontece, como no caso dos prisioneiros perversos, que o Espírito nem sempre aproveita esse momento de liberdade para seu adiantamento, Se conserva maus instintos, em vez de procurar a companhia dos Bons Espíritos, busca a dos seus semelhantes, e dirige-se aos lugares em que pode liberar as suas más inclinações. Aquele que se acha compenetrado desta verdade eleve o seu pensamento, no momento em que sente aproximar-se o sono; solicite o conselho dos Bons Espíritos e daqueles cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham assisti-lo, no breve intervalo que lhe é concedido. Se assim fizer, ao acordar se sentirá fortalecido contra o mal, com mais coragem para enfrentar as adversidades.

39.PRECE - Minha alma vai encontrar-se por um instante com os outros Espíritos. Que venham os bons ajudar-me com os seus conselhor. Meu Anjo Guardião, fazei que ao acordar eu possa conservar uma impressão durável e benéfica desse encontro

O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec
cap.28.

lunes, 7 de marzo de 2011

Não vá a Casa Espírita

Certo dia aproximei-me daquela casa espírita. Cheio de receio por tudo o que me diziam a respeito dos espíritas, mas a curiosidade era tanta que quando dei por conta já estava entrando e não foi possível mudar de ideia. Minha mente advertia... tenha cuidado... tenha cuidado...Afinal de contas estava ignorando o conselho de um colega que dizia "- Não vá à casa espírita! Você vai ficar horrorizado com o que fazem lá".

Mas agora já era tarde. Uma senhora, com estranha bondade, convidou-me a entrar. Atento a tudo e a todos todos sentei-me na última fileira. Pensei comigo - aqui está bom, estou mais perto da porta.

Logo comecei a prestar a atenção na palestra, pois a plateia estava atenta ao que dizia um senhor de meia idade, que falava sobre coisas que eu não podia entender, ou talvez não queria, pois tinha receio.

Aos poucos fui me sentindo à vontade. Que estranho, pensei. Há muito tempo que não me sentia tão bem, parecia que aquele fardo que eu estava carregando tinha ficado mais leva. As palavras, aos poucos, foram me envolvendo e então percebi que aquele senhor falava de perdão, de caridade, de fazer bem ao próximo, da reforma íntima para ser feliz. Falou até de Jesus.
Após a palestra, fui convidado a ir a uma outra sala. Vi uma senhora se aproximar de mim, impondo suas mãos sobre minha cabeça, parecendo estra em oração. Atento a tudo e a todos, por via das dúvidas também resolvi fazer uma prece, algo que não fazia há muito tempo.

Quando ia para casa, pensando no que tinha me acontecido, como estava me sentindo melhor, tive vontade de retornar outro dia.
Era uma tarde de sábado, novamente eu me aproximava daquela casa. Para meu espanto, crianças e jovenzinhos também estava chegando. O que será que fazem aqui estas criaturinhas? Será que elas não têm medo? - intimamente me indagava. Assim que entrei perguntei àquela senhora, minha conhecida do outro dia, o que faziam lá aquelas crianças. Bondasamente, explicou-me que estavam ali para as aulas de Evangelização Infantil e para o encontro dos grupos de jovens. Eles também estudavam a Doutrina Espírita e os ensinamentos de Jesus.

E assim, aos poucos fui conhecendo e me envolvendo com as atividades daquela casa. Hoje, quando me perguntam sobre essa escola de almas que frequento, eu brinco: "-Não vá a casa espírita...pois você vai ficar impressionado com tantas coisas boas que acontecem lá".

Essa é a história de um personagem fictício que já foi vivido por muitos que, mesmo diante do preconceitos, da ignorância e da desinformação que ainda há em relação à Doutrina Espírita, se dispuseram a conhecê-la. E a despeito de tudo, surpreendem-se com uma realidade muito diferente daquela apregoada pelos que, mesmo desconhecendo, emitem pareceres sobre algo que não se dispõem a compreender.

Lucrará Fazendo Assim

Reconforte o desesperado. Você não escapará as tentações do desânimo nos círculos de luta.
Levante o caído. Você ignora onde seus pés tropeçaram.
Estenda a mão ao que necessita de apoio. Chegará seu dia de receber cooperação.
Ampare o doente. Sua alma não esta usando um corpo invulnerável.


Esforce-se por entender o companheiro menos esclarecido. Nem sempre você dispõe de recursos para compreender como é indispensável.
Acolha o infortunado. Nem sempre o céu estara inteiramente azul para seus olhos.
Tolere o ignorante e ajude-o. Lembre-se de que há Espíritos Sublimes que nos suportam e socorrem com heróica bondade.
Console o triste. Você não pode relacionar as surpresas da própria sorte.
Auxilie o ofensor com os seus bons pensamentos. Ele nos ensina quão agressivos e desagradáveis somos ao ferir alguém.
Seja benévolo para com os dependentes. Não se esqueca de que o próprio Cristo foi compelido a obedecer.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz



domingo, 6 de marzo de 2011

Consequências do suicídio, questão 957

957. Quais, em geral, com relação ao estado do Espírito, as conseqüências do suicídio?

"Muito diversas são as conseqüências do suicídio. Não há penas determinadas e, em todos os casos, correspondem sempre às causas que o produziram. Há, porém, uma conseqüência a que o suicida não pode escapar; é o desapontamento. Mas, a sorte não é a mesma para todos; depende das circunstâncias. Alguns expiam a falta imediatamente, outros em nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam."

Comentário

A observação, realmente, mostra que os efeitos do suicídio não são idênticos. Alguns há, porém, comuns a todos os casos de morte violenta e que são a conseqüência da interrupção brusca da vida. Há, primeiro, a persistência mais prolongada e tenaz do laço que une o Espírito ao corpo, por estar quase sempre esse laço na plenitude da sua força no momento em que é partido, ao passo que, no caso de morte natural, ele se enfraquece gradualmente e muitas vezes se desfaz antes que a vida se haja extinguido completamente. As conseqüências deste estado de coisas são o prolongamento da perturbação espiritual, seguindo-se à ilusão em que, durante mais ou menos tempo, o Espírito se conserva de que ainda pertence ao número dos vivos. (155 e 165)


A afinidade que permanece entre o Espírito e o corpo produz nalguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo no Espírito, que, assim, a seu mau grado, sente os efeitos da decomposição, donde lhe resulta uma sensação cheia de angústias e de horror, estado esse que também pode durar pelo tempo que devia durar a vida que sofreu interrupção. Não é geral este efeito; mas, em caso algum, o suicida fica isento das conseqüências da sua falta de coragem e, cedo ou tarde, expia, de um modo ou de outro, a culpa em que incorreu. Assim é que certos Espíritos, que foram muito desgraçados na Terra, disseram ter-se suicidado na existência precedente e submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem suportá-las com mais resignação. Em alguns, verifica-se uma espécie de ligação à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem para mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva interdito. A maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções encontram.






A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de por termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta, somente por constituir infração de uma lei moral, consideração de pouco peso para certos indivíduos, mas também um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica, antes o contrário é o que se dá, como no-lo ensinam, não a teoria, porém os fatos que ele nos põe sob as vistas.



Allan Kardec. Da obra: O Livro dos Espíritos.

sábado, 5 de marzo de 2011

Exultante

"Uma vez estabelecidas relações com os habitantes do mundo espiritual, possível se tornou ao homem seguir a alma em sua marcha ascendente, em suas migrações, em suas transformações." A GÊNESE - Capítulo 5º - Item 16.


Consoante as lições do Espiritismo, que te aclaram as razões antes ignoradas da aflição e da angústia, respeita, na provação, o clima de luz necessário à própria felicidade.
Há quem diga que a convicção imortalista nada tem a ver com abnegação ou dignidade moral. É aquele que faz da Revelação espiritista um ingrediente para uso em horas determinadas, sem outras consequências.
Há quem explique que a religião, assentada necessariamente numa fé racional, não tem algo a ver com a conduta em sociedade. É aquele que vive aparentemente filiado à fé religiosa usufruindo os benefícios consequentes da corrupção dos fracos, sem se renovar ulteriormente.

Há quem pretenda seja a religiosidade um primitivismo emocional, herança dos velhos feitiços que somente aos incultos e débeis constitui motivação espiritual. Ë aquele que apregoa crer em Deus por conclusões resultantes da pesquisa científica e aceita a vida extra-física, prosseguindo amoral, quando não mais seguramente reprochável na conduta particular ou na vida social.
Há quem diga que o princípio espiritual é capítulo da Metafísica e que nenhuma prova existe da imortalidade. É aquele que se supõe conhecedor de tudo.
Uns pretendem iludir-se e conseguem-no facilmente - são opiômanos ante a informação espiritual.
Outros disputam fantasias e enfeitam-se de tranquilidade - são narcisistas religiosos.
Os demais exibem superação da ignorância, tentando livrar-se das atividades que o crer impõe, e desgarram-se - são ególatras arreligiosos.

Conheces, porém, por experiência íntima intransferível - por mais vigorosas sejam as tessituras aparentes da argumentação em contrário - o rumo da sublimação através das linhas evangélicas a transudarem dos tempos, convocando-te o espírito, na Doutrina Espírita, para a luta enobrecedora sobre ti mesmo.
A mediunidade abriu portas antes fechadas para o teu espírito, apontando-te horizontes felizes.
Em cada experiência novos fantasmas do passado culposo recorporificam-se famanazes e truculentos.
Enflorescem em teu íntimo as plantas da ilusão que não conseguiste destruir.
Refazem-se painéis de angústia e falsas necessidades nos dédalos da mente sem que logres vitória fácil.
Reacendem paixões que ferem como acúleos cruéis que te maceram, sem libertação integral, malgrado a luta que travas.

Só a fé que te vitaliza, graças ao Espiritismo, oferece força e alento para uma religiosidade atuante, salvadora.
Com ela amparas a dor, compreendes a vida, acendes esperanças, consolas aflições, espalhas amor.
Amparado por ela, na balbúrdia faze-te silencioso, na loucura revelas-te sereno, na angústia permaneces tranquilo, na revolta apresentas-te pacífico.
Não te amedrontes nem te sintas diminuído no campo em que operas.
O míssil balístico que carrega morte num invólucro brilhante, veste-se com linhas aerodinâmicas.
A vacina salvadora surge da cultura microbiana perigosa.
A usina potente sustenta-se em bases rochosas ocultas.
A vida orgânica é patrimônio do protoplasma.
Produze com segurança e faze-o com alegria.
Dá a tua contribuição à felicidade geral com a flama da tua devoção e da tua fé.
Obtempera que, incompreendido, Jesus se deixou arrastar, flagiciado, até o madeiro de imolação para ensinar-nos, valoroso, que os hipnotizados na ilusão, os ludibriados no equilíbrio e os enlouquecidos em si mesmos, embora vencedores aparentes são vencidos que se reconhecem sob o estigma da aflição que os infelicita...

 Porfia, pois, exultante, e não recalcitres nem titubeies.



Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Espírito e Vida.
 Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 54.

viernes, 4 de marzo de 2011

Ante a Cólera

“Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes.” ?Pedro(l Pedro, 3:8).

Justo figuremos a cólera, titulando-a com algumas definições, como sejam:
Força descontrolada.
Precipitação em doença.
Acesso de loucura.
Queda em desequilíbrio.
Tomada para a obsessão.
Impulso à desencarnação prematura.
Perigo de criminalidade.
Introdução à culpa.
Descida ao remorso.
Explosão de orgulho.
Tempestade magnética.
Fogo mental.
Pancadaria vibratória.
Desagregação de energias.
Perda de tempo.

Indubitavelmente, todos nós - as criaturas encarnadas e desencarnadas, em evolução na Terra ? estamos ainda sujeitos a essa calamidade do mundo íntimo, razão pela qual toda vez em que nos sintamos ameaçados por irritação ou azedume, é prudente nos recolhamos a recanto pacífico, a fim de refletir nas necessidades do próximo e lavar os pensamentos nas fontes da oração.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Atenção.
Ditado pelo Espírito Emmanuel. 16 edição. Araras, SP: IDE. 1997.

jueves, 3 de marzo de 2011

Conquistando a PAZ

Existem tribulações e tribulações.
Para extinguir aquelas que conturbam a vida, comecemos a cooperar na construção da paz onde estivermos.
Necessitamos, porém, conhecer as farpas que entretecem as inquietações que nos predispõem ao desequilíbrio e ao sofrimento.

Vejamos algumas:

a queixa contra alguém;
a reclamação agressiva;
o palavrão desatado pela cólera
a resposta infeliz;
a frase de sarcasmo;
o conceito depreciativo;
o apontamento malicioso;
o gesto de azedume;
a crítica destrutiva;
o grito de desespero;
o pensamento de ódio;
a lamentação do ressentimento;
a atitude violenta;
o riso escarninho;
a fala da irritação;
o cochicho do boato;
o minuto de impaciência;
o parecer injusto;
a pancada verbal da condenação.

   Cada espinho invisível a que nos reportamos é comparável à chispa capaz de atear o incêndio da discórdia.
E ganhar a discórdia não aproveita a pessoa alguma.

   Tanto quanto possível, aceitemos as tribulações que a vida nos reserve e saibamos usar o amor e a tolerância, a paciência e o espírito de serviço para que estejamos realmente conquistando os valores e bênçãos da paz.
   Não esperes que o próximo te solicite cooperação. Colabora voluntariamente, na certeza de que estarás realizando valiosas sementeiras de trabalho e de amor, na construção do futuro melhor.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Paciência.
Ditado pelo Espírito Emmanuel. CEU. 1983.



miércoles, 2 de marzo de 2011

Cólera

O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? - Entregai-vos à cólera.



Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar.


Em seu frenesi, o homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque lhe não obedecem. Ah! se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Quando não fosse pelo respeito que deve a si mesmo, cumpria-lhe esforçar-se por vencer um pendor que o torna objeto de piedade.


Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima. Mas, outra consideração, sobretudo, devera contê-lo, a de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal se, num acesso de fúria, praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida!


Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. Isto deve bastar para induzir o homem a esforçar-se pela dominar. O espírita, ao demais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs. - Um Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)



Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
112 edição. Capítulo IX. Item 9. Federação Espírita Brasileira. 1996.

lunes, 21 de febrero de 2011

Causas Anteriores das Aflições

  Bem Aventurados os que choram, pois que serão consolados. -Bem aventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. - Bem aventurados os que sofrem perseguições pela justiça, pois que é deles o reino dos céus.(S. MATEUS, cap.V,vv.5,6 e 10)

  Mas, se há males nesta vida cuja causa primária é o homem, outros há também aos quais, pelo menos na aparência, ele é completamente estranho e que parecem atingi-lo como por fatalidade. Tal, por exemplo, a perda de entes queridos e a dos que são o amparo da família. Tais, ainda, os acidentes que nenhuma previsão poderia impedir; os reverses da fortuna, que frustem todas as precauções aconselhadas pela prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a tantos infelizes os meios de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, o cretinismo, etc.

  Os que nascem nessas condições, certamente nada hão feito na existência atual para merecer, sem compensação, tão triste sorte, que não podiam evitar, que são impotentes para mudar por si mesmos e os põe à mercê da comiseração pública. Por que, pois, seres tão desgraçados, enquanto, ao lado deles, sob o mesmo teto, na mesma família, outros são favorecidos de todos os modos?

  Que dizer, enfim, dessas crianças que morrem em tenra idade e da vida só conheceram sofrimentos? Problemas são esses que ainda nenhuma filosofia pôde resolver, anomalias que nenhuma religião pôde justificar e que seriam a negação da bondade, da justiça e da providência de Deus, se se verificasse a hipótese de ser criada a alma ao mesmo tempo que o corpo e de estar a sua sorte irrevogavelmente determinada após a permanência de alguns instantes na Terra. Que fizeram essas almas, que acabam de sair das mãos do Criador, para se verem, neste mundo, a braços com tantas misérias e para merecerem no futuro uma recompensa ou uma punição qualquer, visto que não hão podido praticar nem o bem nem o mal?
Todavia, por virtude do axioma segundo o qual todo efeito  tem uma causa, tais misérias são efeitos que hão de ter uma causa e , desde que se admita um Deus justo, essa causa também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se encontra na vida atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente. Por outro lado, não podendo Deus punir alguem pelo bem que fez, nem pelo mal que não fez, se somos punidos, é que fizemos o mal; se esse mal não o fizemos na presente vida, tê-lo-emos feito moutra. E uma alternativa a que ninguém pode fugir e em que a lógica decide de que parte se acha a justiça de Deus.

  O homem, pois, nem sempre é punido, ou punido completamente, na sua existência atual; mas não escapa nunca às conseqüência de suas faltas. A prosperidade do mau é apenas momentanêa; se ele não expiar hoje, expiará amanhã, ao passo que aquele  que sofre está expiando o seu passado. O infortúnio que, à primeira vista, parece imerecido tem sua razão de ser, e aquele que se encontra em srofimento pode sempre dizer:
"Perdoa-me, Senhor, poque pequei."

Allan Kardec
do livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap.V